Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

22/04/2024 - 11 minutos de leitura.

VW Tiguan Allspace R-Line é bom, mas podia ser melhor; veja o vídeo

Apesar de ter passado por mudanças para reestrear no mercado brasileiro, Tiguan ainda está defasado em relação aos rivais

Volkswagen Tiguan Allspace R-Line ficou menos potente, mas ainda é um bom carro Crédito: Léo Souza/Estadão

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Após um hiato de quase dois anos, o Volkswagen Tiguan, voltou a ser vendido no mercado brasileiro. O SUV, que tinha saído de linha em 2021, fez sua reestreia por aqui no final do ano passado na versão única Allspace R-Line com sete lugares. Contudo, ainda não estamos falando do modelo europeu, que já está em uma geração à frente e tem motor híbrido


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Novo VW Tiguan Allspace tem trunfos, mas SUV ficou defasado

Importado do México, o SUV passou apenas por uma reestilização leve e tem algumas mudanças mecânicas importantes em relação ao Tiguan lançado aqui em 2018. Atualmente, o carro custa R$ 284.590, mas você paga mais R$ 10.200 se quiser o teto solar panorâmico, o único item opcional. Assim, pode encostar nos R$ 300 mil, valor alto se comparado a boa parte de seus rivais. 

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Design e medidas do Tiguan

As maiores mudanças se concentram na dianteira. A grade é nova e tem o mesmo filete iluminado que está em outros modelos da marca, como o Taos. O para-choque também é totalmente novo, mais curvilíneo, e os faróis trazem agora a tecnologia IQ Light, com LEDs matriciais, que são mais eficientes e potentes.

Léo Souza/Estadão

Na traseira, entretanto, as diferenças são quase imperceptíveis. A mudança mais notável está nas lanternas, que têm uma nova disposição interna das luzes. Na tampa do porta-malas está o logotipo atualizado da Volkswagen, que estreou no Nivus, além do nome Tiguan centralizado. O aerofólio também é novo, mas as diferenças em relação ao antecessor param por aí.


Nas medidas, o SUV tem 4,73 metros de comprimento, 1,66 m de altura, 1,84 m de largura e bons 2,79 m de entre-eixos. Essa última medida garante conforto de sobra para os passageiros do banco traseiro com opção de cinco lugares. Se os dois assentos extras forem armados, a segunda fileira tem banco corrediço, o que deixa o espaço menos sofrível para quem vai na terceira fileira. Mesmo assim, ainda é apertado. Com sete assentos, o porta-malas fica com 216 litros, um espaço até razoável para um carro com essa configuração. Com cinco, o volume chega a 686 litros. 

Léo Souza/Estadão

Interior e equipamentos

Por dentro, o Tiguan tem acabamento bem feito, com materiais macios e boa qualidade nos grafismos do painel de instrumentos digital de 10,25” e na central multimídia de 8”. Agora há também conexão para Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Mas é exatamente a mesma cabine do modelo anterior. A única coisa que muda é o volante, que também tem o novo logo da Volks. Na segunda fileira de bancos há saída do ar-condicionado, uma tomada de 12 volts e entrada USB-C. 


A lista de equipamentos é bem recheada, com o ar-condicionado de três zonas, carregador de celular por indução, iluminação interna de LEDs e bancos com ajustes elétricos. A cereja do bolo, contudo, é o pacote de tecnologias semiautônomas, com alerta de tráfego cruzado, controle de cruzeiro adaptativo, monitor de ponto cego, assistente de mudança de faixa, assistente de estacionamento, detector de fadiga e frenagem automática de emergência com detector de pedestres. 

Léo Souza/Estadão

Mudanças no trem de força 

Embora o motor continue o mesmo 2.0 TSI a gasolina, a potência baixou de 220 cv para 186 cv e o torque de 35,7 mkgf para 30,6 mkgf – uma redução significativa de 34 cv e 5,1 mkgf. O SUV também perdeu o sistema de tração integral 4Motion para ficar apenas com tração dianteira e trocou o câmbio DSG de dupla embreagem e sete marchas por um automático convencional de oito marchas. 


De acordo com a Volkswagen, esses ajustes foram necessários para enquadrar o motor nas novas exigências de emissões da legislação brasileira. Dessa forma, o Tiguan ficou mais econômico, registrando médias de 9,2 km/l na cidade e 11,3 km/h/l na estrada – ante os 8,3 km/l e 9,6 km/l do modelo anterior. Mas apesar de gastar menos combustível, o desempenho acabou sendo sacrificado. 

Para começar falando de números, a aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, era feita em 6,8 segundos no modelo anterior. Agora, a marca é cumprida em 9 segundos. 

Léo Souza/Estadão

Impressões ao dirigir

Mesmo assim, não dá pra dizer que o desempenho ficou ruim. O Tiguan ainda responde bem, mas você sente um certo atraso quando pisa no acelerador, uma vez que parece que o carro demora a acordar e pegar no tranco. Então é preciso de um pouquinho de paciência na hora da arrancada ou retomada. Com o carro cheio, com sete ocupantes ou bagagens, provavelmente esse atraso deve ser ainda maior por conta do peso. Mas depois desse primeiro engasgo, o modelo mantém uma boa progressividade na velocidade. 

Essas características não são incomuns quando falamos de um SUV desse porte. Entretanto, por seu uma versão supostamente mais esportiva por conta do sobrenome R-Line, não é exatamente o que a gente sente ao volante. A suspensão, que continua independente nas quatro rodas, ficou até mais macia para focar no conforto, o que é outra característica que também não pertence a um desempenho mais esportivo. Ainda mais porque no modelo anterior, o conjunto também era mais firme. Mas, no geral, o carro se comporta bem, é bastante estável e muito gostoso de dirigir. 

Léo Souza/Estadão

Conclusão

Mesmo sendo um bom carro, o Tiguan está meio defasado em relação aos concorrentes. Nesse segmento de SUVs de sete lugares, temos o Caoa Chery Tiggo 8 e seu imbatível custo benefício por R$ 180 mil, mas sem a mesma sofisticação e tradição da VW. Mas o principal rival é oJeep Commander, que acaba de ser atualizado, inclusive. O modelo tem seis versões, opções com motor flex, diesel ou gasolina, tração dianteira ou integral e preços que variam de R$ 217.290 a R$ 321.290. Ou seja, uma gama bem mais completa para agradar diferentes públicos.

A Volks poderia elevar o padrão da categoria se trouxesse ao Brasil a nova geração do Tiguan. Mesmo que não viesse com a motorização híbrida para não ficar tão caro. Isso porque omodelo estreou recentemente na China com o visual do carro europeu, mas apenas com motor a gasolina. Talvez essa fosse a melhor aposta para o mercado daqui também, aumentando sua competitividade.

Prós

SUV é confortável, tem boa estabilidade e acabamento caprichado


Contras

Redução na potência e no torque afetaram o desempenho, que não condiz com o sobrenome esportivo R-Line

Ficha técnica

Volkswagen Tiguan Allspace R-Line

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