Procuradores japoneses prenderam Carlos Ghosn novamente nesta quinta-feira devido à suspeita de que o ex-chefe da Nissan tenha tentado se enriquecer à custa da montadora, em outra reviravolta dramática que seus advogados disseram ser uma tentativa de silenciá-lo.
ENTENDA TODO A HISTÓRIA DA PRISÃO DE CARLOS GHOSN
A prisão, que especialistas jurídicos sem relação com o caso descreveram como muito rara para alguém já solto sob fiança, é a quarta obtida pelos procuradores contra o executivo, no âmbito de um escândalo que abalou a indústria automotiva global e provocou questionamentos sobre o sistema judicial do Japão.
Procuradores de Tóquio disseram que Ghosn deu 5 milhões de dólares de prejuízo à Nissan durante um período de dois anos e meio que se estendeu até julho de 2018, violando sua obrigações legais com a empresa e visando o ganho pessoal.
VÍDEO DA SEMANA: AUDI RS4 AVANT
Justiça buscou novas acusações
A agência de notícias Kyodo relatou que o prejuízo envolve a transferência de fundos por meio de uma empresa de Omã para a conta de uma empresa que, na prática, é de posse de Ghosn. A agência não citou nenhuma fonte.
Carlos Ghosn, que tem cidadania francesa, libanesa e brasileira, pediu ajuda do governo da França. “Sou inocente”, afirmou Ghosn em uma entrevista exibida nesta quinta-feira nas emissoras de televisão francesas TF1 e LCI. “Peço que o governo francês me defenda, e defenda meus direitos como cidadão”.
Não ficou claro onde a entrevista foi gravada. O ministro das Finanças francês disse que Ghosn precisa usufruir da presunção de inocência e que está recebendo proteção consular.
LEIA MAIS:
- Ghosn afirma que Nissan sabia das operações e que é inocente
- Ghosn sai da prisão no Japão após pagamento de fiança
Carlos Ghosn pretendia falar a imprensa
O principal advogado do executivo, Junichiro Hironaka, disse que os procuradores querem silenciar Ghosn, que na quarta-feira tuitou planos de realizar sua primeira coletiva de imprensa no dia 11 de abril.
“A intenção dos procuradores é pressionar Ghosn, e impedi-lo de falar livremente”, argumentou Hironaka, acrescentando que o acesso ao que viram como indícios adicionais também foi um motivo provável para a nova prisão.
A acusação adicional provavelmente prolongará o julgamento de Ghosn, que deve começar no final deste ano, disse Hironaka, para quem a falta de acesso a documentos relacionados ao julgamento pode criar uma desvantagem para seu cliente na contestação do caso.
Procuradores confiscaram o celular, documentos, cadernos e diários de Ghosn, disse ele, além do celular e do passaporte de sua esposa.
OS CARROS MAIS VENDIDOS DE MARÇO NO BRASIL:
20 - FORD KA SEDAN - 3.319 UNIDADES
Foto: Werther Santana/Estadão
19 - VOLKSWAGEN FOX - 3.451 UNIDADES
Foto: Sergio Castro/Estadão
18 - RENAULT LOGAN - 3.661 UNIDADES
Foto: Sergio Castro/Estadão
17 - HYUNDAI CRETA - 3.792 UNIDADES
Foto: Valéria Gonçalvez/Estadão
16 - HONDA HR-V - 3.796 UNIDADES
Foto: Gabriela Biló/Estadão
15 - TOYOTA COROLLA - 3.890 UNIDADES
Foto: Felipe Rau/Estadão
14 - RENAULT SANDERO - 4.334 UNIDADES
Foto: Sergio Castro/Estadão
13 - JEEP COMPASS - 4.475 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão
12 - FIAT ARGO - 4.643 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão
11 - NISSAN KICKS - 4.864 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão
10 - FIAT TORO - 4.955 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão
9 - VOLKSWAGEN POLO - 5.082 UNIDADES
Foto: Felipe Rau/Estadão
8 - FIAT STRADA - 5.286 UNIDADES
Foto: Fiat/Divulgação
7 - RENAULT KWID - 5.853 UNIDADES
Foto: Daniel Teixeira/Estadão
6 - JEEP RENEGADE - 6.184 UNIDADES
Foto: Gabriela Biló/Estadão
5 - VOLKSWAGEN GOL - 6.620 UNIDADES
Foto: Gabriela Biló/Estadão
4 - CHEVROLET PRISMA - 7.122 UNIDADES
Foto: JF Diorio/Estadão
3 - FORD KA - 8.341 UNIDADES
Foto: Felipe Rau/Estadão
2 - HYUNDAI HB20 - 9.051 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão
1 - CHEVROLET ONIX - 18.179 UNIDADES
Foto: Rafael Arbex/Estadão