A China deve consolidar sua posição como maior país exportador de carros do mundo pela primeira vez na história. O fechamento de 2023 ainda não foi anunciado, mas as prévias adiantam que o cenário não deve mudar.
Os motivos para o crescimento do mercado de exportação chinês são o aumento da demanda de países como Rússia e México, além do aumento global no interesse por veículos elétricos.
De acordo com dados da Associação de Fabricantes de Automóveis da China (CAAM), o país exportou 4,41 milhões de unidades de janeiro a novembro do ano passado. Isso é equivalente a um crescimento de 58% se comparado ao mesmo período de 2022.
Desse modo, ultrapassa o número registrado pelo líder anterior, o Japão, com 3,99 milhões de veículos exportados nos primeiros 11 meses de 2023 – um crescimento de 15%. O país deve fechar o ano com cerca de 4,3 milhões de unidades exportadas. A última vez que o Japão perdeu a liderança foi em 2016 para a Alemanha.
Evolução da China no mercado global
A China quer se tornar uma potência automotiva e enxerga a demanda global por carros elétricos como maneira de atingir esse objetivo. Além disso, o mercado russo deu ao país um impulso nas importações, já que montadoras japonesas e ocidentais criaram sanções contra a Rússia por conta da guerra com a Ucrânia.
Foram exportados 730 mil veículos da China para a Rússia de janeiro a outubro de 2023, sete vezes mais que no ano anterior. A Chery e a GWM mandaram ao país boa parte dos carros a combustão, a maioria SUVs médios e grandes.
Já o segundo maior mercado exportador para a China foi o México, com 330 mil veículos – aumento de 71% sobre o ano anterior. Chery, JAC e Saic registraram crescimento nas exportações para o país. Até o Brasil contribuiu para esse fato, já que a China se tornou o segundo maior exportador de carros para o nosso País.
Exportações de elétricos disparam
A exportação de carros elétricos e movidos por novas formas de energia cresceu 77% em 2023, com 1,43 milhões de unidades entre janeiro e outubro. A categoria foi responsável por 34% de todas as exportações nesse período.
O destino da maior parte desses veículos foi a Europa e o Sudoeste da Ásia. A Tesla, que tem fábrica na China, e a BYD, segunda maior produtora de elétricos do mundo, foram as montadoras que mais impulsionam esses números.
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