Chuva e alagamentos, combinados com a volta do rodízio municipal, causaram transtornos para o paulistano nesta segunda-feira, 8. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram feitas ao menos 11 chamadas para enchentes na região metropolitana, como, por exemplo, Jardim Paulista, Bela Vista e Mogi das Cruzes. Assim, é preciso evitar dirigir sob chuva forte e, principalmente, enfrentar alagamentos. Porém, isso nem sempre é possível. Por isso, o Jornal do Carro, listou dicas importantes para ajudar você a guiar com o máximo de segurança possível.
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De acordo com o CGE, na terça-feira, 9, as condições do tempo não devem mudar. Como resultado, para o período da tarde a previsão é que o calor e a infiltração da brisa marítima gerem núcleos de chuva. Contudo isso deve ser rápido e em pontos isolados. A probabilidade de chuva no período da noite é considerada baixa. Esse padrão se mantém no decorrer da quarta-feira.
Em caso de chuva e alagamento, é preciso mudar o modo de guiar
Com a ocorrência de chuva e alagamentos, crescem os casos de acidentes envolvendo veículos tanto nas cidades quanto nas estradas. Para reduzir os riscos, a dica é que o motorista mude a forma de guiar. Isso porque a redução da visibilidade é um dos maiores problemas para quem está dirigindo. Além disso, com as pistas molhadas é preciso mais espaço para o veículo frear. Assim, a principal dica é manter distância segura ante o veículo à frente. O ideal é um espaço equivalente ao comprimento de dois veículos.
Seja como for, se a chuva for intensa a ponto de o motorista sentir dificuldade de ver a via, deve buscar um local seguro e, de preferência, alto, e esperar o tempo melhorar. Portanto, se estiver em movimento, é preciso evitar mudar de faixa. Se precisar fazer essa manobra, o motorista deve ter cautela e sinalizar com antecedência. Em caso de dúvida, e se isso for possível, é melhor evitar. Outra dica é nunca enfrentar alagamentos. Da mesma forma, se perceber que a água está subindo rapidamente, o melhor é buscar um local alto. Se perceber risco iminente, abandone o veículo. Afinal, trata-se de um bem material, que pode ser reposto.
Dá para trocar as palhetas em casa
Primeira dica: mantenha sempre os limpadores de para-brisa limpos e em bom estado. Afinal, muita gente só se lembra das palhetas quando começa a chover. Não há um prazo determinado para a troca. Porém, em carros que ficam sob sol intenso a borracha vai se deteriorar mais rapidamente. Poeira e sujeira acumuladas no para-brisa e espia traseiro também danificam essas peças. Os tanquinhos do líquido dos limpadores devem ser completados se estiverem abaixo da marca “mínimo”. Evite acrescentar detergente de cozinha à solução. Se for o caso, coloque apenas água limpa.
Seja como for, o próprio motorista pode checar se as palhetas estão em dia. Além disso, a substituição é simples e dá até para fazer em casa. Para isso, basta seguir as orientações impressas na embalagem do produto. Esses itens são fáceis de encontrar em autopeças. Além de lojas de conveniência de postos de combustível e supermercados. Por exemplo, para um Volkswagen Polo de 2018 o kit custa cerca de R$ 200.
Pneus são o item mais importante do carro
Um dos itens mais importantes do veículo, os pneus são, muitas vezes, negligenciados. É importante lembrar que essas peças são responsáveis pela ligação entre o carro, moto e caminhão, e o solo. Assim, se os pneus estiverem ruins o consumo de combustível será mais alto. Da mesma forma, as frenagens ficarão comprometidas. Sob chuva intensa, aumenta, e muito, o risco de perda de controle. Portanto, antes de pegar a estrada e dirigir o carro na chuva, o motorista deve checar o estado dos pneus.
Bem como fazer a calibragem de acordo com as recomendações da fabricante do veículo e da carga transportada. Essas informações costumam estar gravadas na manual do proprietário. Bem como na parte interna dos batentes das portas. Em caso de dúvida, vale conferir o site da montadora ou da fabricante dos pneus.
Aliás, para saber se o pneu não está careca, basta checar o TWI. Trata-se de uma espécie de calombo dentro dos sulcos, que tem 1,6 milímetro de altura. Assim, quando a banda de rodagem se desgastar a ponto de ficar alinhada com essa marca, está na hora de substituir as peças. Outra dica importante é fazer o alinhamento e o balanceamento a cada 10 mil km. Ou quando os pneus forem trocados. Ou ainda no caso do veículo cair em um buraco mais profundo ou de os pneus sofrerem forte impactos. Por exemplo, contra pedras ou guias da calçada.
Na hora de dirigir o carro na chuva
Aliás, pneus em dia evitam o risco de aquaplanagem. Isso ocorre quando uma lâmina de água se forma sobre o asfalto, fazendo com que os pneus percam o contato com o piso. Se isso acontecer, o motorista não deve pisar no freio. Primeiramente, é preciso manter a calma. Bem como segurar o volante com firmeza, tirar o pé do acelerador e esperar até que os pneus voltem a ter contato com o solo. Se o freio for acionado, o veículo pode ficar descontrolado depois de passar pela água.
Outro erro comum sob chuva intensa é ligar o pisca alerta. A menos que o carro estiver parado. Por exemplo, no acostamento. Piscas ligados com o carro em movimento podem confundir os motoristas que vêm atrás. Da mesma forma, os faróis de neblina só devem ser ligados se houver serração. Já os faróis altos não devem ser ligados se houver carros à frente ou no sentido contrário.
Nos dois casos, o motorista estará cometendo uma infração média. Assim, se for flagrado fica sujeito à multa de R$ 130,16. Bem como a receber quatro pontos no prontuário da CNH. Se surgir um temporal na estrada, o ideal é reduzir a velocidade de forma suave e gradual. E sinalizar as manobras, como mudanças de faixa, com bastante antecedência.
Nunca entre em áreas alagadas
Por fim, evite a todo custo passar por áreas alagadas. Nem sempre é possível saber a profundidade da enchente ao dirigir o carro na chuva. Além disso, é grande o risco de haver buracos, pedras ou outros obstáculos submersos. Porém, se isso não for possível, certifique-se de que a água não ultrapasse a linha equivalente à metade da altura da roda do veículo.
Feito isso, mantenha o câmbio em primeira marcha e o giro do motor bem alto. A aceleração deve ser constante. Não mude de marcha durante a travessia e siga para um ponto mais alto urgentemente. Se fizer a troca de marcha, é possível que entre água pelo escapamento, o que pode causar o chamado calço hidráulico. Caso o câmbio seja automático, mantenha a alavanca na posição 1 ou L. `Para modelos que têm apenas a opção D, deve-se alterná-la manualmente com a posição N, de modo a manter a rotação do motor acima das 2 mil rpm.
Em caso de chuva e alagamentos, nunca circule atrás de caminhões e ônibus em áreas alagadas. A passagem de veículos grandes tende a formar ondas, que podem encobrir carros menores. Se a água for aspirada pelo motor, o dano é certo.
Portanto, se o motor apagar no meio da enchente, não entre em pânico. E não tente dar a partida novamente. Certifique-se de que não há correnteza e abandone o carro assim que possível. Se houver enxurrada, ligue imediatamente para o serviço de emergência. O telefone dos bombeiros é 193. O telefone da Polícia Militar é o 190.
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