Quando a linha 2020 do Honda Civic chegou, no segundo semestre do ano passado, trouxe um novo integrante, a versão LX, a mais barata do sedã. Atualmente, ela é a única das cinco versões do modelo que custa menos de R$ 100 mil, embora esteja no limite. A Honda cobra por ela R$ 99.200. A Sport, que era o Civic mais barato até então, já está em R$ 105.500. E o que esperar do Civic LX? Passamos uma semana com ele antes da reclusão por causa da pandemia, e respondemos.
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Inscreva-sePara início de conversa, a primeira boa notícia é que visualmente o modelo não denuncia que é básico. Não gera provas contra si mesmo. A frente tem os cromados semelhantes aos das versões mais caras (EX, EXL e Touring) e as rodas de 17″ em tom cinza combinam com o formato moderno do sedã. Os faróis têm luzes diurnas de LEDs.
Como é praxe nos carros da Honda, não há identificação da versão na carroceria. O único Civic que entrega literalmente na lata a versão é o Touring, que ostenta a inscrição “Turbo” na traseira. Seu vizinho só vai saber que você comprou o Civic mais barato se for chato o bastante para notar que não há luzes de neblina, presentes nas outras versões.
As maiores diferenças para os modelos mais caros estão no interior. Como no Civic Sport, o Civic LX tem bancos revestidos de tecido. Mas isso está longe de ser um demérito. A padronagem é de bom gosto e há uma faixa central que confere visual esportivo aos assentos. O freio eletromecânico é dotado de função brake hold. Com um simples acionamento de tecla no console central, é possível tirar o pé do freio em paradas de semáforo, por exemplo. Na saída, basta acelerar que o freio é desativado. Além disso, o ar-condicionado é digital.
Civic LX tem tela de 5″
Talvez a maior diferença esteja na central multimídia. A LX tem tela de apenas 5 polegadas insensível ao toque. Também não há compatibilidade com Apple CarPlay e Android Auto. Todos os outros Civic têm monitor de 7″ touchscreen compatíveis com as duas tecnologias.
A partida do motor é convencional (não há botão de ignição), mas a partir daí o Civic agrada tanto quanto as demais versões (com exceção da Touring). A mecânica é a mesma para todos. O motor 2.0 flexível de até 155 cv já não é a última palavra em tecnologia, mas ainda dá conta do recado, aliando bom desempenho e satisfação ao volante. O prazer à direção só não é maior porque o câmbio automático CVT tira um pouco da emoção, mas nada que desabone muito o comportamento do carro. Acelerações e retomadas de velocidade são satisfatórias.
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A direção elétrica é precisa, e o volante tem comandos de som, telefonia e controlador de velocidade. A posição ao volante é a melhor da categoria. Em conjunto com tudo isso, a suspensão independente nas quatro rodas torna o ato de dirigir uma experiência muito agradável. Em relação às demais versões, a única diferença é que não há borboletas para trocas manuais de marcha.
Sedã vem bem equipado
Afora o que se vê (e o que se sente ao volante), a versão LX tem de série sistema de monitoramento de pressão dos pneus, câmera de ré, comando “um toque” para todos os vidros elétricos, seis air bags e sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis, entre outros itens.
Por outro lado, não há acendimento automático de faróis (como no Sport), além de chave presencial, acionamento automático dos limpadores e saídas de ar-condicionado para o banco de trás, luxos reservados para as versões EXL e Touring. Mas pense que você está levando um Civic por menos de R$ 100 mil. E seu vizinho não precisa saber disso.
Prós e contras
Prós: Estilo
As linhas arrojadas do sedã lançado em 2016 continuam atuais. O carro agrada tanto por fora como por dentro. A dirigibilidade também é boa.
Contras: Multimídia
Versão LX tem tela de apenas 5″. Além de não ser sensível ao toque, o sistema não oferece projeção de smartphones.
Ficha técnica
Civic LX: R$ 99.200
Motor: 2.0, 4 cil., 16V, flexível
Potência (cv)*: 155 a 6.300 rpm
Torque (mkgf)*: 19,5 a 4.800 rpm
Câmbio: Automático, CVT
Comprimento: 4,64 m
Entre-eixos: 2,70 m
Porta-malas: 525 litros
*Dados com etanol; Fonte: Honda