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Dirigir abaixo da velocidade, comer e se maquiar: veja algumas multas do CTB
Legislação

Dirigir abaixo da velocidade, comer e se maquiar: veja algumas multas do CTB

O Código de Trânsito Brasileiro menciona que o uso de fones de ouvido e salto alto ao volante também podem gerar multas de infração média

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

27 de jan, 2023 · 5 minutos de leitura.

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celular multas
Motorista fala ao celular enquanto dirige em São Paulo
Crédito:PAULO PINTO/ESTADÃO

Embora o limite de pontuação na CNH tenha aumentado de 20 para 40 pontos em 2021, as multas ainda preocupam os condutores. Sobretudo pelos valores. Entre as mais comuns, está a de dirigir acima da velocidade máxima permitida em até 20%. Entretanto, o oposto também pode ser um problema. De acordo com o artigo 219 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), trafegar abaixo do permitido pode provocar acidentes e retardar ou obstruir o trânsito. Assim, caracteriza uma infração média, com 4 pontos e um boleto de R$ 130,16.

Outra ação que pode gerar multas é não manter as mãos no volante. Esse caso pode ser interpretado como negligência e falta de atenção no trânsito, e, por isso, é considerada infração média. Isso inclui, por exemplo, comer, maquiar-se ou fumar ao volante. De acordo com o artigo 252 do CTB, tirar uma das mãos é permitido apenas para fazer sinais regulamentares, mudar a marcha do carro ou acionar equipamentos internos.

Multas
AYRTON VIGNOLA/ ESTADÃO

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Multas de grau médio

Recentemente, o Jornal do Carro publicou reportagem que aponta algumas infrações de trânsito comuns e um tanto inusitadas, como, por exemplo, usar chinelo de dedo enquanto dirige. Da mesma forma, também não pode usar salto alto. A infração consta no mesmo artigo 252, no qual menciona que a utilização de um calçado que não se firme nos pés ou que comprometa o uso dos pedais, deve levar multa de grau médio.



Se você por acaso já usou ou faz uso de fones de ouvido ao volante, poderá levar uma infração média. Prevista também no artigo 252, a lei também proíbe dirigir o veículo com fones “conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular”. A mesma consequência acontece para quem jogar lixo pela janela. No artigo 172, consta que “atirar do veículo ou abandonar na via objetos e substâncias” implica infração média.

CNH Detran
Detran/Divulgação

Por fim, vale mencionar que nos dias de chuva ou de pista molhada, é preciso tomar cuidado ao passar por cima de poças. Isso porque, caso o motorista molhe algum pedestre na rua, poderá receber uma multa de grau médio. A lei está prevista no artigo 171 do CTB.

E para as motos?

As regras de trânsito estão mais rígidas. E para as motocicletas, o cuidado é extra. De acordo com o CTB, o condutor pode receber multa por não usar o capacete de segurança ou o vestuário adequado de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo Contran.

CNH multa
Tiago Queiroz/Estadão

No mais, transportar crianças menores de 10 anos de idade, ou que não tenham condições de cuidar da própria segurança, também leva penalidade. Ambas geram infrações gravíssimas. Ou seja, o condutor recebe 7 pontos na CNH e multa no valor de R$ 239.47. Além disso, em alguns casos, podem até ocasionar a suspensão do direito de dirigir.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.