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Eletrificados vão superar carros a combustão no Brasil em 2030, prevê estudo
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Eletrificados vão superar carros a combustão no Brasil em 2030, prevê estudo

Carros eletrificados chegarão a 58% da produção de modelos zero quilômetro no País; híbridos leves flex serão maioria no mercado

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

20 de mar, 2024 · 3 minutos de leitura.

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Audi Q6 e-tron
58% dos carros fabricados no Brasil serão eletrificados até 2030
Crédito:Audi/Divulgação

Não há como negar que os carros eletrificados são um caminho sem volta. Há quem ainda duvide que esse cenário vá se consolidar com rapidez no Brasil por conta da infraestrutura deficiente e por termos o etanol como alternativa de combustível limpo. Mas um estudo da Bright Consulting, empresa especializada em consultoria automotiva, afirma que 58% dos carros novos fabricados no País até 2030 terão algum tipo de eletrificação.



Isso considerando elétricos, híbridos plenos, híbridos plug-in e híbridos leves – estes últimos representando a maior fatia dessa divisão, com 32,5%. Já os elétricos puros, por exemplo, ficarão com 10% do mercado daqui a seis anos. Parece pouco, especialmente quando comparado a outros países mais desenvolvidos, mas ainda sim é um crescimento expressivo sobre os 2% de participação atual.

elétricos híbridos Toyota Corolla Cross
Toyota/Divulgação

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Opções limitadas de eletrificados

A maioria dos eletrificados, contudo, é importada. Atualmente há poucas opções dessa categoria com produção local. Há os Toyota Corolla e Corolla Cross e os Caoa Chery Tiggo 5X e Tiggo 7 Pro Hybrid. Entretanto, a evolução das fábricas de marcas que chegaram há pouco no mercado brasileiro, como BYD e GWM, deve impulsionar a variedade de modelos híbridos e elétricos nacionais para os consumidores.

A pesquisa leva em consideração os recentes anúncios das montadoras, que deverão injetar cerca de R$ 100 bilhões na indústria brasileira nos próximos anos. Desse modo, a tecnologia que estará mais presente entre os carros novos vendidos por aqui vai combinar um sistema híbrido leve com motor flex. O objetivo é atingir níveis maiores de eficiência energética. Mas devido aos custos elevados nesse primeiro momento – apesar de pesquisas apontarem que os preços devem se equiparar no futuro – os modelos a combustão ainda sobreviverão por um bom tempo. Especialmente em países emergentes como o nosso.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.