A Ferrari perdeu uma disputa jurídica sobre a marca registrada do desenho da 250 GTO. O embate vinha há anos sendo desenrolado nos tribunais e agora permite que réplicas de um dos carros mais icônicos da companhia sejam produzidos sem risco de processo.
O caso começou cerca de um ano atrás, quando a empresa abriu um processo, na Itália, contra a Ares Design, empresa especializada em produzir réplicas e projetos próprios. E que estava se planejando para reproduzir a 250 GTO. Na época, o tribunal italiano deu parecer favorável à Ferrari.
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A “briga” não se encerrou aí. A empresa levou a disputa com a Ferrari para a corte do escritório de proteção intelectual da União Europeia. Lá alegou que a montadora não utilizou sua marca registrada em 2008 em “uso genuíno” por um período contínuo de cinco anos.
Em documentos utilizados no caso, a Ares Design alega que a Ferrari renovou o direito intelectual sobre o design da 250 GTO de “má fé”. A intenção seria que terceiros, como eles, não produzissem e vendessem carros esportivos semelhantes.
No caso, o escritório de propriedade intelectual deu parecer favorável a Ares Design. Segundo o órgão, a Ferrari não provou uso genuíno de “vários bens, incluindo veículos”. A Ferrari só teria utilizado o visual da 250 GTO para produzir miniaturas.
Como surgiu o projeto da Ares “250 GTO”
Vale lembrar que o projeto da Ares Design, que foi apresentado em 2018, era uma releitura moderna do 250 GTO. A ideia era utilizar a base dos modelos F12 Berlinetta ou sua versão atualizada, a 812 Superfast. Que são modelos também com motor dianteiro de 12 cilindros em V.
O projeto, inicialmente, era um exemplar único para um cliente. Mas a companhia acabou se “empolgando” com a ideia. Na época, a Ares anunciava o carro com um custo inicial de US$ 1,16 milhão. Em valores atuais, cerca de R$ 6 milhões.