O CEO global da Fiat, Olivier Francois, confirmou as grandes especulações que já rondavam a situação do Grande Panda no Brasil. Em entrevista ao Automotive News Europe, o executivo disse que o novo carro “chegará ao Brasil como um substituto do Argo, que ainda não está no fim de seu ciclo de vida”. Francois, no entanto, não deu nenhuma data de quando, mas será apenas no ano que vem.
Além do hatch, o modelo, de quebra, deve aposentar o Mobi. As versões de entrada vão preencher a lacuna deixada pelo subcompacto, com o carro mais um carro de marca, enquanto as mais caras gradualmente assumem o posto do Argo.
Francois diz o Fiat Grande Panda será um carro mundial, oferecido em diversos países, algo que não se via há quase 30 anos – desde o Palio. “Este é o primeiro produto global da marca Fiat desde 1996”, explica o chefão.
Fiat Grande Panda chega em 2026
Revelado em junho na Europa, o modelo já foi flagrado por aqui, mais precisamente no aeroporto de Viracopos, em Campinas. O Fiat Grande Panda chama atenção pelo design moderninho. O carro que vai combater o avanço das marcas chinesas busca inspiração no Panda dos anos 1980 com linhas bem quadradas e retas.
A dianteira traz faróis em formato de pixels e interligados. Na lateral, a inscrição “Panda” acompanha a parte superior das portas, e os plásticos da caixa de roda tem o logotipo antigo da marca.

Atrás, a lanternas têm desenho irregular e são verticais, além do nome “Fiat” estar estampado em baixo relevo na tampa do porta-malas. As rodas são de aço de 16 polegadas ou de liga leve aro 17. Ao todo serão sete cores, algumas vibrantes para dar um ar ainda mais descolado ao modelo.
Dentro, seu aspecto ainda mais jovial. O interior usa material reciclado de 140 embalagens plásticas. Nas versões mais caras, por exemplo, o revestimento do painel é feito de uma composição têxtil onde 33% do material usado vem das fibra de bambu.
Híbrido?
O formato oval do painel, inspirado na famosa pista de testes da Fiat em Lingotto, em contraste com as saídas de ar retangulares, assim como no Panda antigo. A parte tecnológica fica por conta do painel digital de 10″, enquanto a multimídia tem tela de 10,25″, e comandos físicos para o ar-condicionado. O seletor de marchas é um botão no console, e não uma alavanca, e há carregador por indução para celulares.
Fabricado na Sérvia, o modelo tem a plataforma Smart Car vinda do Citroën C3, mas com dimensões mais generosas se comparadas com o hatch original. O modelo mede 3,99 metros de comprimento e 2,54 m de entre-eixos — mesmo porte do C3. O porta-malas, por sua vez, tem 361 litros.
No Brasil, o Fiat Grande Panda será produzido localmente (possivelmente em Minas Gerais) e receberá o motor 1.0 Firefly aspirado de 75 cv e 10,7 mkgf nas versões de entrada. Já as de topo terão o 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 mkgf. Para completar a gama, a Fiat vai oferecer uma opção híbrida leve flex com sistema de 12 volts, mesma que estreou em Pulse e Fastback.
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