Rafaela Borges
O Honda City foi o alvo da Ford ao traçar as estratégias para o renovado Fiesta Sedan mexicano, que está chegando às concessionárias neste mês. Aqui os modelos se enfrentam, em comparativo que ganha o reforço do Chevrolet Sonic Sedan – que, como os dois rivais, é três-volumes derivado de hatch.
Por ter equipamentos só disponíveis em carros de segmentos superiores e ser o mais potente desse trio, o estreante venceu. Sonic e City travaram briga equilibrada pelo segundo lugar. O Honda se sobressaiu em quesitos como câmbio e acabamento, mas acabou levando a pior, por um ponto, por causa do preço.
Por R$ 64.990, a versão de topo, EX, do sedã feito pela Honda em Sumaré (SP), é R$ 7.300 mais cara que a LTZ do mexicano Sonic – que, a R$ 57.690, é o mais em conta dos três. O Fiesta Titanium sai por R$ 58.990. O City não consegue justificar com seus atributos a tabela tão superior.
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)
O motor é 1.5 de até 116 cv com etanol, 4 cv a menos que o 1.6 do Chevrolet. Na prática, no entanto, eles têm comportamento semelhante na hora de acelerar, sofrendo um pouco em rotações baixas e mostrando mais fôlego nas retomadas acima das 2.500 rpm, o que os torna bem espertinhos no trânsito urbano. O propulsor do Sonic é mais barulhento.
O Fiesta, com 130 cv, supera os dois rivais especialmente quando seu motor está em giro baixo – e o motorista precisa pisar fundo no acelerador se quiser ganhar velocidade rápido. Nestas situações é auxiliado não apenas pela potência extra, mas pelas duas embreagens de seu câmbio automatizado de seis marchas, que promove trocas mais rápidas.
Não que as transmissões automáticas dos rivais sejam lentas. Tanto a de cinco marchas do City quanto a de seis do Sonic são bem escalonadas e fazem as trocas com precisão, sem se mostrarem confusas.
A do Honda é mais confortável. Os trancos nas trocas de marcha são tão raros que, em algumas situações, a impressão é de que trata-se de um câmbio continuamente variável, com relações infinitas. Já a transmissão do Sonic apresenta solavancos na hora de realizar as reduções. Em nenhum dos três, a carroceria rola demais em curvas e em alta velocidade. O Fiesta é mais na mão por ter controle eletrônico de estabilidade. E a direção hidráulica do Sonic passa mais segurança ao motorista – nos outros, é elétrica.