O Ford Bronco que você conhece leva geralmente o sobrenome “Sport”, ao menos aqui no mercado brasileiro. Entretanto, o mercado argentino recebeu o irmão maior, chamado Bronco Wildtrak, e o Jornal do Carro foi até a Argentina, a convite da Ford, conhecer de perto o modelo. Confira nossas impressões sobre o SUV mais extremo da marca à venda no país vizinho.
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A começar pelo visual, o desenho até comportado da versão Sport simplesmente deixa de existir, em favor de grandes pneus lameiros, uma boa altura do solo e desenho bem mais parrudo. Voltado para o off-road, o Bronco Wildtrak não brinca em serviço, oferecendo tração nos seguintes modos: 4×2, 4×4 Automático, 4×4 High e 4×4 Low, por exemplo.
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Durante o rápido test-drive a que a imprensa teve acesso na Argentina, foi possível andar com o Bronco em um curtíssimo trecho de asfalto, que rumava para uma pista off-road. Apesar do visual parrudo e dos enormes pneus lameiros, de medida LT 315/70 R17, o modelo não é muito ruidoso, ao menos em baixa velocidade. Entretanto, é quando o asfalto acaba que a diversão realmente começa.
Ford Bronco Wildtrak encara off-road pesado com facilidade
Com o toque de um botão no painel central, é possível conectar e desconectar os diferenciais dianteiro e traseiro, facilitando transpor obstáculos. Ajuda na tarefa o motor 2.7 V6 de 334 cv e 57 mkgf de torque, junto da transmissão automática de 10 velocidades, com sete modos de condução: Normal, Eco, Esportivo, Escorregadio, Areia, Lama e Baja. Cada modo diference altera o comportamento dinâmico do SUV, por exemplo.
Contudo, apesar do tamanho, o modelo possui recursos que facilitam a vida de quem colocar o SUV na lama. Há um piloto automático para o off-road, focado em aderência em subidas e decidas, além de uma câmera dianteira, crucial para vencer obstáculos. Além disso, há também um interessante assistente de curvas, que, em baixa velocidade, aumenta o raio de giro do modelo, facilitando curvas muito fechadas. O sistema atua acionando o freio da roda traseira interna à curva, auxiliando na manobra.
Na Argentina, o modelo é vendido apenas na versão quatro portas, para a tristeza dos fãs do visual mais próximo do Bronco original, por exemplo. O SUV mede 4,81 metros de comprimento, 2,20 metros de largura, 1,91 metro de altura e tem entre-eixos de 2,94 metros. Contudo, para facilitar o entra e sai do atoleiro, o Bronco tem vão livre do solo de 29 centímetros, bem como ângulo de ataque de 43,2°, e 37° de saída. Sua capacidade de imersão é de 85 cm.
Habitáculo é amplo e recebe bem o motorista
Do lado de dentro, o modelo, apesar de rústico, impressiona pela boa receptividade ao motorista. Um painel digital, de 8 polegadas, recebe o condutor, mesclando uma tela digital com um medidor analógico. À direita, a central multimídia de 12 polegadas usa o sistema Sync 4 da Ford, com navegador integrado e sistema de som premium. O volante tem boa empunhadura, e, acima da cabeça, há botões auxiliares, que podem ser programados para acionar acessórios do modelo, por exemplo.
Os bancos dianteiros têm acionamento elétrico, bem como sistema de aquecimento, e o mesmo vale para o volante. No mais, na segurança, o modelo oferece alerta de ponto cego, assistentes de pré-colisão, com detecção de pedestres, manutenção de faixa, partida em rampa e manobra evasiva. Além disso, há também câmera 360°, controle de cruzeiro adaptativo, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento, farol alto automático e seis airbags.
Conclusão
Por fim, a grande decepção do modelo é não estar confirmado para o Brasil. Entretanto, é importante atentar-se que a Ford atua no País como uma importadora, então não é difícil imaginar que o Bronco Wildtrak aporte por aqui em algum momento. O modelo, feito para quem não tem medo de remover portas e teto para encarar qualquer terreno, poderia brigar com o Jeep Wrangler pelo público, e talvez até resgatar fãs (endinheirados) da finada Troller, por exemplo.
Vendido em versão única Wildtrak na Argentina, o modelo custa 148.786.800 pesos, o que se traduz em R$ 898.380,65, convertendo diretamente.
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