A Ford mostrou a cara – e os detalhes – da nova Ranger. Em apresentação global, o modelo 2023 foi totalmente revelado e, como já se esperava, ficou a cara da irmã menor Maverick. Aliás, a grandalhona F-150 também empresta algumas características para a picape média, como estética e mecânica. Contudo, já vale frisar que a produção da novata está marcada só para meados do ano que vem na Tailândia e na África do Sul. No Brasil, não chega antes de 2023 – importada da Argentina.
A começar pelo design, a picape não nega o DNA e se destaca pela grade dianteira, cortada por uma barra que invade a região dos faróis. Estes, têm formato em “C”. Na versão Wildtrack há uma barra em aço na base do para-choque que sustenta uma espécie de “X” em tom escuro, para dar um ar mais parrudo.
Dos lados, ainda que com mais músculos, chama atenção a linha reta que vai do capô à parte traseira. Aparenta ser mais larga. Já atrás, o para-choque cresceu e a tampa da caçamba está diferente. Assim como na Maverick, letras garrafais estampadas na lataria destacam o nome do veículo num espaço recuado da peça. Ela, inclusive, pode funcionar como bancada de trabalho, afirma a marca.
As lanternas iluminadas por luzes de LEDs parecem menores. As seções, contudo, são bem divididas e trazem tons de vermelho, preto e branco. Por fim, as medidas conferem 5 centímetros a mais na parte traseira e no entre-eixos. Este, graças ao reposicionamento das rodas dianteiras (mais para frente).
Por dentro
O habitáculo da nova Ranger recebeu um upgrade e tanto. Sai de cena aquele interior datado para dar lugar a mais modernidade. O painel de instrumentos digital é um dos destaques. Mas, quem rouba os holofotes para si é a central multimídia de 12″. Na vertical, a tela reúne o sistema de entretenimento SYNC4 e outras funcionalidades, como câmeras 360 graus e até monitoramento de trilhas off-road. Outra tela, com 10,1″, também é disponível dependendo da versão.
Ainda em equipamentos tecnológicos, a picape segue com a nova geração do FordPass. O sistema, em síntese, permite controle da picape por meio de aplicativo instalado no smartphone. Dá para ligar o ar-condicionado, checar dados do carro (como quantidade de combustível, por exemplo), travar e destravar as portas, e por aí vai. Para o celular, aliás, tem carregador wireless.
Motor
Cabe salientar que, apesar das mudanças profundas, a plataforma da Ranger continua a mesma. Entretanto, o chassi foi atualizado a fim de melhorar a dirigibilidade da picape.
Portanto, para aproveitar o gancho, é hora de falar de motor. Não há nada de tão gritante. Seguem em linha o 2.0 a diesel (turbo e biturbo) e o 2.3 Ecoboost movido a gasolina. A novidade fica pelo 3.0 V6 turbodiesel, já presente na F-150. O câmbio é automático de 6 ou 10 marchas – mudanças são realizadas por uma pequena alavanca ao estilo joystick, no console.
Até o sistema de tração, por fim, tem novidade. O sistema shift-on-the-fly permite trocar os modos 4×2 e 4×4 por meio de botão, mas agora há o inédito modo sob demanda, onde a tração integral permanente se ajusta às dificuldades do trajeto de forma automática. A marca informará mais detalhes técnicos da Ranger no futuro, em data mais próxima ao lançamento.