O Onix foi uma das maiores estrelas do estande da Chevrolet no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012. Em outubro daquele ano, começou a produção do modelo. Feito nas versões hatch e sedã, ainda está em linha com a mesma carroceria. Porém, com a chegada da segunda geração, no fim de 2019, o veterano foi rebatizado com o nome de Joy e Joy Plus e reposicionado como opção de entrada da família. Porém, a GM acaba de confirmar ao Jornal do Carro que a dupla sairá de cena em janeiro.
Segundo a fabricante, por meio de nota, isso tem a ver com a mudança de comportamento do consumidor. De acordo com o comunicado, “desde o lançamento do Novo Onix e Onix Plus, a empresa vem registrando uma intensa migração dos consumidores para versões mais tecnológicas e equipadas destes modelos. Com isso, a produção da linha Joy na fábrica de São Caetano do Sul (SP) passa a ser destinada exclusivamente para exportação.”
Assim como fez com outros modelos, como o Corsa, a GM adotou a estratégia de manter duas gerações do mesmo modelo convivendo ao mesmo tempo. Porém, essa estratégia não é exclusividade da marca. Por exemplo, a Fiat manteve em linha o Mille antigo após o lançamento do novo Uno. Da mesma forma, a Volkswagen manteve o Gol bolinha à venda após a chegada da nova geração do hatch.
Fim dos dois modelos abre espaço para a nova Montana
Como resultado, essa sobreposição acaba sendo usado pelas fabricantes como ferramenta de marketing. Isso porque, no ranking de emplacamentos, os números dos carros novos e dos antigos são somados. Essa é a regra utilizada pela Senatran que, por sua vez, gera os relatórios utilizados para monitorar as vendas do mercado. Por exemplo, é o caso da lista divulgada mensalmente pela Fenabrave.
Seja como for, o fim do Joy e do Joy Plus vai ajudar na atualização da fábrica do ABC paulista. Trata-se da planta em que vai ser feita a nova Montana. A picape, que vai crescer e será rival da Fiat Toro, por exemplo, será um modelo inédito.
Vale recordar que, em junho, o então presidente da GM América do Sul, Carlos Zarlenga, confirmou o nome Montana durante exibição de vídeo que mostrava obras de modernização da fábrica paulista. Assim, o executivo confirmou a continuidade do investimento de R$ 10 bilhões no País. O anúncio havia sido feito em 2019. Porém, o investimento estava congelado por causa da pandemia da covid-19.
Montana terá base de Tracker e Onix
Embora a GM não tenha revelado a data de lançamento, a nova Chevrolet Montana deve ser revelada em 2022. Por enquanto, apenas a silhueta do modelo foi apresentada pela marca. Além disso, fotos de unidades flagradas em testes em outubro, na Coreia do Sul, circulam na internet. De concreto, o que se sabe é que o modelo será construído sobre a base global GEM. Trata-se da mesma plataforma utilizada em veículos como o SUV Tracker e os compactos Onix (hatch) e Onix Plus (sedã).
Segundo rumores, a picape terá motor 1.2 turbo flexível. Trata-se do mesmo três-cilindros flexível que equipa o Tracker e gera, com etanol, 133 cv de potência e 21,4 mkgf de torque. O câmbio deve ser o automático de seis marchas, também utilizado no SUV compacto. Outra possibilidade, bem mais remota, é que a picape terá um novo 1.3 turbo de três-cilindros com injeção direta de combustível. Nesse caso, a potência seria de 163 cv. Seja como for, uma forte concorrência vem por aí. A primeira novidade será a Ford Maverick. Por sua vez, Hyundai Santa Cruz e a Volkswagen Tarok ainda não foram confirmadas pelas respectivas marcas.