O governo japonês está focado em garantir que o país asiático continue como um dos expoentes da indústria automotiva nos próximos anos. E está pensando até em fusões de marcas locais que hoje não tem nada em comum. Segundo, a publicação Financial Times, eles estariam tentando criar um gigante com a fusão entre Honda e Nissan.
As primeiras conversas para criar um novo “campeão nacional” ocorreram no fim de 2019. O projeto surgiu devido ao medo do governo japonês de ver suas empresas perderem mercado ao redor do mundo; isso devido a mudança rápida para carros elétricos e autônomos.
A proposta morreu antes de sequer ir para a mesa de conversas efetivamente. Os dois lados rejeitaram a ideia e o plano ainda sofreu com o caos mundial causado pelo novo coronavírus. Inclusive, a pandemia levou para baixo as vendas de todas os grupos no mundo, incluindo os japoneses.
Do lado da Honda, a negativa vem focada especialmente na dificuldade em dissolver a complexa estrutura de acordo entre a Nissan e a Renault. Do outro lado, a Nissan estaria mais interessada em retomas às rédeas da aliança que tem com a Renault e colocá-la no eixo novamente após o escândalo Carlos Ghosn.
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Inscreva-seCustos e novas tecnologias geram pressão
Apesar de serem gigantes em termos de vendas mundiais, as marcas japonesas estão sofrendo pressão nos últimos anos. Enquanto marcas europeias ou americanas fazem fusões ou alianças para reduzir custos e melhorar a produção de tecnologias, eles têm trabalhado sozinhos.
Na disputa por colocar nas ruas tecnologias de carros com tecnologias elétricas ou autônomas, as japonesas perderam a largada. As empresas europeias abraçaram o desenvolvimento dessas tecnologias antes. As japonesas, como Honda, Toyota e Nissan só agora começam a falar de semiautônomos e reforçaram suas apostas por mais tempo nos híbridos e insistiram em desenvolver carros movidos a células de hidrogênio.