O hidrogênio é uma das apostas da Hyundai para o futuro da mobilidade. Tanto que a marca coreana trouxe ao Brasil, no ano passado, o Nexo, um veículo movido a células de combustível, para demonstrações. Só que agora a fabricante dá outro passo: avaliar a pureza do hidrogênio produzido a partir do etanol.
O testes acontecem no campus Capital-Butantã da Universidade de São Paulo (USP), onde fica a primeira estação de abastecimento de hidrogênio renovável a partir do etanol do mundo. O hidrogênio surge da reação do etanol com água. Quando em estado gasoso, o volume do hidrogênio é reduzido até 200 vezes. Isso permite o fácil armazenamento e transporte em tanques de alta pressão.
Feito na Coreia do Sul e lançado em 2018, o Hyundai Nexo é elétrico que não precisa de recarga. Afinal, o hidrogênio, combinado com o oxigênio do ar na célula de combustível, gera eletricidade. E tem mais: para que um ar extremamente limpo entre em contato com o hidrogênio e faça esta chamada reforma, um sistema de filtragem no Nexo remove a maior parte das micropartículas, como poeira, pólen e outros poluentes.
Esta eletricidade, por sua vez, alimenta o motor elétrico. Assim, não há combustão. E nem emissão de poluentes. Pelo escapamento sai apenas água. A potência é de 163 cv.
Hyundai tem muitos planos
Segundo a Hyundai, bastecer um carro a hidrogênio leva em torno de cinco minutos, similar ao tempo de de um carro a gasolina. A autonomia supera os 660 km, conforme o ciclo europeu WLTP. O Nexo, por sua vez, já tem mais de 38 mil unidades rodando ao redor do mundo.
A Hyundai começou o desenvolvimento de veículos com célula de combustível de hidrogênio em 1998. Com o intuito de propagar o uso do hidrogênio limpo, e ser neutra em carbono até 2045, a marca investe em soluções em toda a sua cadeia de valor. Ou seja, da produção ao consumo final. E o uso futuro pode ir além dos carros de passeio, mas também caminhões e ônibus de fabricação (que a marca já comercializa em alguns países), bondes, equipamentos especiais, embarcações e geradores de energia, por exemplo.
Siga o Jornal do Carro no Instagram!
