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Intenção de compra de carro no Brasil é de 70%, ante 44% da média global
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Intenção de compra de carro no Brasil é de 70%, ante 44% da média global

Pesquisa mostra que intenção de compra de carros no Brasil é alta e preferência vai para SUVs; eletrificados também interessam

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

08 de jan, 2024 · 5 minutos de leitura.

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Interesse em carros elétricos também aumenta no Brasil
Crédito:Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Um levantamento recente mostrou que o nível de intenção de compra de carros dos consumidores brasileiros é de 70%. Ou seja, bem maior que a média, global, que fica na faixa dos 44%. Os dados são do Índice de Mobilidade do Consumidor, da consultoria EY. A pesquisa ainda revela que 64% dos potenciais compradores de carros no Brasil, são propensos a adquirir um automóvel dentro de 12 meses. Já 36% pretendem comprar entre 12 e 24 meses.

Além da intenção de compra, o levantamento também buscou entender a média de interesse em veículos elétricos, bem como o processo de compra de carros. Para isso, contou com mais de 15 mil participantes de 20 países diferentes. E em comparação com a média global, os consumidores do Brasil mostraram uma maior preferência para carros particulares, mobilidade compartilha e veículos de duas rodas. E o principal motivo é a presença do trabalho híbrido, que reveza entre o presencial e o home office.



IPVA 2024 SP brasil
Thiago Queiroz/Estadão

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A pesquisa ainda mostra as preferências do consumidor brasileiro. Sem surpresas, os SUVs disparam na frente representando 37% do interesse. Em seguida, vem os sedãs (34%), hatchbacks (14%) e picapes (7%). Aliás, esses sãos os dados mais próximos da média global, sendo: SUVs (39%), sedans (32%), hatchbacks (16%) e picapes (4%).

Elétricos em alta no Brasil?

Seja como for, o grande destaque do estudo foi o aumento de 57% na inclinação do consumidor brasileiro na compra de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Assim, ficou 2% à frente da média global. De acordo com a pesquisa, os principais motivos para o interesse são os altos preços dos combustíveis, bem como as preocupações ambientais. No entanto, os interessados também apontaram uma melhor capacidade de tração integral e eficiência do motor.

ranking elétricos BYD Dolphin
Vagner Aquino/Estadão

Mas, em contrapartida, os brasileiros também revelam algumas preocupações na hora de comprar um carro híbrido ou elétrico. A pesquisa apontou, por exemplo, que o custo da compra inicial, a falta de estação de carregamento e infraestrutura inadequada são alguns desses receios. “Mesmo com todo o crescimento e desenvolvimento do mercado de veículos elétricos e híbridos no país, ainda existe um caminho a ser percorrer para que toda a infraestrutura esteja de acordo com a necessidade dos motoristas”, disse o sócio da EY especialista no setor automotivo, Marcelo Frateschi.

No entanto, o segmento de híbridos e elétricos está em crescimento, mesmo que a passos mais lentos. Exemplo disso é o BYD Dolphin, novo elétrico mais vendido do Brasil. O compacto da marca chinesa chegou no meio de 2023 com preço competitivo de R$ 150 mil. Desde então, causou uma reviravolta no mercado automotivo do Brasil. Para se ter uma ideia, em 2023, o modelo elétrico vendeu 6.807 unidades no País. Ou seja, um recorde em termos de eletrificados.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.