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Jeep confirma seu próximo híbrido no Brasil, o novo Grand Cherokee 4xe
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Jeep confirma seu próximo híbrido no Brasil, o novo Grand Cherokee 4xe

Após lançamento do Compass 4xe, Jeep vai trazer Grand Cherokee para ser o SUV topo de linha da marca; modelo vai chegar ainda em 2022

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

05 de abr, 2022 · 7 minutos de leitura.

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Grand Cherokee pode vir equipado com duas baterias de 17 kWh e fazer consumo médio de 23,8 km/l
Crédito:Divulgação/Jeep

A Jeep confirmou no lançamento do Compass 4xe que vai lançar mais SUVs híbridos no Brasil. E a previsão é que os modelos cheguem já nos próximos meses. A marca, inclusive, confirmou o próximo lançamento eletrificado: será o Grand Cherokee 4xe. Mas não é só. A montadora norte-americana vai para cima no segmento e vai apostar na versão híbrida do seu campeão de vendas, o Renegade 4xe. Porém, ele chega só no início de 2023, já que a marca acabou de renovar o modelo por aqui.

Quanto ao Grand Cherokee, ainda não há muitas informações. Mas, é certo que ele vai estrear no Brasil no segundo trimestre de 2022. Afinal, o utilitário já foi flagrado em testes nas ruas daqui. Sem data certa de lançamento, o SUV virá ocupar posição acima do Commander. Ou seja, vai se estabelecer como veículo topo de gama, tanto em preço quanto em luxo.

Motor pode ter 380 cv

Jeep Grand Cherokee
Divulgação/Jeep

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Se seguir a configuração dos Estados Unidos, onde tem produção em Detroit, o Grand Cherokee 4xe terá dois motores elétricos ligados a um 2.0 turbo a gasolina. Assim, vai entregar 380 cv de potência e fortes 65 mkgf de torque. O câmbio é automático de oito marchas, com tração integral.

O novo SUV da Jeep terá, dessa forma, um conjunto híbrido do tipo plug-in que recarrega em tomadas e tem autonomia para rodar em torno de 50 km em modo puramente elétrico. Isso porque o Cherokee norte-americano possui duas baterias de 17 kWh. Com elas, o consumo médio fica em cerca de 23,8 km/l. E a autonomia total (combustão+elétrico) pode chegar a 756 km.

Preço deve passar dos R$ 500 mil

Ainda não se sabe ao certo qual versão do Grand Cherokee 4xe a Jeep vai trazer ao Brasil. Nos Estados Unidos, há cinco opções: 4xe, Trailhawk 4xe, Overland 4xe, Summit 4xe e Summit Reserve 4xe. Contudo, levando em consideração o alto padrão que a Jeep quer manter nesse segmento, até mesmo por trazer o Compass híbrido na configuração S, espera-se que SUV maior venha na versão mais completa.


Jeep Grand Cherokee
Divulgação/Jeep

Por lá, a gama de híbridos possui extensa lista de tecnologias que inclui, por exemplo, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), assistente de permanência em faixa, frenagem automática com reconhecimento de animais, pedestres e ciclistas, entre outros. Além disso, tem câmeras 360° e Park Assist, também disponíveis no Compass 4xe.

No mercado norte-americano, os preços do Grand Cherokee partem de US$ 58 mil e chegam a US$ 74 mil. Ou seja, vão de R$ 267 mil e R$ 324 mil na conversão direta (sem taxas). Mas, com base no preço do Compass 4xe, que ficou em R$ 350 mil, é provável que o SUV venha na faixa dos R$ 500 mil, ou até supere esse valor. Portanto, ficará na faixa de preço, por exemplo, do Toyota SW4.  




Sistema híbrido flex nacional?

Em março deste ano, o Jornal do Carro foi até Amsterdã, na Holanda, a convite da Stellantis, para saber os planos globais a longo prazo. Além das revelações de modelos elétricos da Jeep e da RAM, o CEO do grupo, Carlos Tavares, mencionou a tecnologia de motores flexíveis como uma importante ferramenta para reduzir as emissões de CO₂.

Divulgação/Jeep

De acordo com ele, os carros eletrificados, sejam híbridos ou puramente elétricos, ainda são caros. “Na Europa, para neutralizar as emissões, um carro elétrico tem de rodar 85 mil km”, aponta Tavares. O executivo se refere a todo o processo produtivo, que inclui da extração de matérias-primas para produção, como metais e plásticos, à construção das baterias. Segundo o CEO da Stellantis, por causa dos custos de produção, o mercado de carros elétricos ainda é restrito aos mais ricos.


Dessa forma, para a América do Sul e o Brasil, a Stellantis pretende desenvolver um sistema híbrido flex para os carros nacionais, tal como fez a Toyota. Mas a produção nacional deve ter início apenas a partir de 2024, já como preparação para o Proconve L8, próxima fase da lei de emissões que começa em 2025.

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