O Jeep Grand Cherokee, que estreou no Salão de Detroit de 1992, ficou famoso no Brasil principalmente por enfeitar as garagens de celebridades, jogadores de futebol e cantores. Pois o SUV está de volta ao País, agora em sua 5ª geração e com um sistema híbrido plug-in. O seu conjunto é diferente do disponível no Compass 4xe, que é menor e mais leve, com maior autonomia em modo elétrico e menor consumo de combustível.
SUV mais caro da Jeep, o Grand Cherokee 4xe chega com tabela de R$ 569.990. O SUV grande – que é importado dos Estados Unidos – disputa vendas com Volvo XC90 Recharge, com a dupla X5 e X6, da BMW, e até SUVs grandes e eletrificados de fabricantes como Porsche e Land Rover, por exemplo.
O conjunto híbrido da Jeep combina motor 2.0 turbo quatro cilindros a gasolina com dois motores elétricos. Juntos, geram 380 cv e torque de 67,9 mkgf. Aceleração entre 0 e 100 km/h: 6,3 segundos. Já a velocidade máxima do jipão é de 206 km/h. De acordo com a marca, o funcionamento dos propulsores é gerenciado automaticamente por uma central. Na prática, um fica no eixo traseiro e outro na frente, que funciona como gerador e também traciona o carro a depender da situação.
A bateria (400 Volts de tensão e capacidade de 17,3 kWh) que abastece o sistema elétrico é feita com íons de lítio. Por falar nisso, o SUV atinge 100% da carga em duas horas e meia, alimentado em tomadas 220V.
Autonomia
Durante o evento de lançamento, o Jornal do Carro teve um breve contato com o Jeep Grand Cherokee. O SUV híbrido, a princípio, é um veículo extremamente confortável ao volante. O comportamento do câmbio automático de 8 marchas é excepcional. Tem muita suavidade, com trocas praticamente imperceptíveis. Nosso teste aconteceu apenas em ambiente urbano, pelas ruas de São Paulo (SP), mas apesar de um pouco pesadão dependendo do modo de regeneração, o modelo responde bem às acelerações.
Cabe salientar que, no modo puramente elétrico, pode rodar até 25 km. Ou seja, tem menor alcance que o Compass 4xe, por exemplo, que roda 45 km. Ainda em números, o consumo também é mais baixo que o irmão menor. Enquanto o SUV médio supera os 25 km/l em média combinada (cidade e estrada), o novato faz 19,3 km/l, de acordo com dados divulgados pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV). Assim, o Grand Cherokee 4xe híbrido plug-in levou nota “A” na classificação geral.
O SUV tem, no total, três modos de condução. Tem o Hybrid, que combina as forças dos motores para uma tocada eficiente, com potência máxima e torque instantâneo, o Electric, que atua no modo elétrico com emissão quase zero, e, por fim, o E-Save, que usa o motor térmico em 100% do tmepo, economizando a bateria. Sobretudo, a frenagem regenerativa possibilita que, ao aliviar o acelerador ou pisar no freio de forma suave, o sistema usa os próprios motores elétricos para gerar eletricidade.
Moderno com toque retrô
O visual do SUV continua imponente. Destaque para a tradicional grade com sete fendas. Os faróis ganharam a nova assinatura da marca e têm barra de LEDs na parte superior. Nas laterais, rodas diamantadas de 20″ com cinco raios (cobertas por pneus 265/50) e linha de cintura reta e em posição mais baixa, o que dá um ar meio retrô e bastante interessante ao carro, afinal, amplia a área envidraçada e facilita a condução. Os retrovisores têm rebatimento automático.
Na parte traseira, lanternas iluminadas por LEDs e formato bem afilado. Elas, inclusive, são unidas por uma barra que atravessa toda a tampa do porta-malas. Disponível em versão única, o SUV híbrido plug-in tem quatro opções de cores, que seguem a demanda sem graça praticada no Brasil. Ou seja, apesar de ser um País tropical, quando se fala em cores de carros, a maioria aposta nos tons preto, prata, cinza e branco. Exatamente a paleta que a Jeep oferece no Grand Cherokee.
Em medidas, o Grand Cherokee tem 4,91 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,80 m de altura e 2,96 m de entre-eixos. Isso proporciona amplo espaço interno. Até para os ocupantes traseiros. O porta-malas, que tem abertura e fechamento elétrico, é espaçoso. Conta, portanto, com 580 litros de capacidade. Também em medidas, o SUV tem 25,7 graus de ângulo de ataque e 26,6 graus de ângulo de saída. E pode imergir até 61 centímetros.
Cinco telas e mais de 50 polegadas
Por dentro, o Grand Cherokee exala sofisticação. No painel, nada daquele monte de botões como no Renegade, por exemplo. Afinal, tela para abrigar comandos é o que não falta. São mais de 50″ de telas, no total. A central multídia, que reúne dados de entretenimento e de navegação (conexão com Apple Carplay e Android Auto e espelhamento sem fio), por exemplo, tem 10,1 polegadas. Já o quadro instrumentos, que é totalmente digital, tem 10,25″. Além disso, tem uma tela exclusiva frontal para o passageiro de 10″ (exibe multimídia e navegação), Head-Up Display colorido (10″) e retrovisor interno digital.
Além de toda essa tecnologia, o Grand Cherokee conta com forração dos bancos com couro, carregador de celular por indução, oito entradas USB (quatro delas, USB do tipo C), câmeras 360°, volante com ajustes elétricos de altura e profundidade e, por fim, assentos dianteiros com regulagem elétrica (tem memória no do motorista, bem como aquecimento em todos).
Legítimo 4×4
Além disso, há teto solar panorâmico, sensores de chuva e de monitoramento da pressão dos pneus, sistemas ativo de permanência na faixa de rodagem e de lavagem das câmeras de ré e do retrovisor interno, som premium de 506w (8 alto falantes + subwoofer), carregador de celular por indução e oito airbags. Por fim, a lista ainda oferece tração 4×4 Jeep com 4WD LOCK e 4WD LOW, TrailCam (câmera frontal para uso off-road) e seletor de terrenos com modos Auto, Sport, Snow, Mud/Sand e Rock.
Como se trata de um Jeep, as aptidões off-road não poderiam ficar de fora. Desse modo, o SUV 4×4 oferece o sistema Quadra-Trac II 4×4, onde uma caixa de transferência ativa direciona até 100% do torque para o eixo com maior aderência. Ademais, o modelo disponibiliza acesso em tempo real aos dados de desempenho off-road (exibidos na central multimídia).
Na lista ainda figuram, em síntese, tecnologias semiautônomas (ADAS) de nível 2. Dentre elas: alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência (pedestres, ciclistas e veículos), monitoramento de mudança de faixa (corrige o volante), piloto automático adaptativo com Stop & Go, monitoramento de pontos cegos, farol alto com comutação automática, controles de descida e de subida e outros itens.
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