Você está lendo...
Leilão: sites falsos aumentam na pandemia
Notícias

Leilão: sites falsos aumentam na pandemia

Em tempos de isolamento social e aumento de compras pela internet, casos de páginas fraudulentas de leilão na rede também têm crescido

Hairton Ponciano Voz

27 de jun, 2020 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Detran
Leilão de carros
Crédito:Prefeitura de Curitiba/Divulgação

Um dos reflexos do isolamento social por causa da pandemia do novo coronavírus foi o aumento de compras por meios eletrônicos. Sem sair de casa, é possível adquirir tudo pelo computador ou celular. Porém, ao mesmo tempo que traz facilidades, esse tipo de operação também envolve riscos. Talvez não para a saúde, mas para o bolso. A Sodré Santoro, maior leiloeira da América Latina, informa que durante a quarentena aumentaram as ocorrências de sites de leilão fraudulentos.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

De acordo com a leiloeira Carolina Sodré Santoro, desde o segundo semestre do ano passado a empresa já tinha detectado a existência de páginas falsas da empresa na internet. A partir deste ano, no entanto, ela afirma que a ocorrência aumentou. Segundo ela, foram descobertas cerca de seis páginas fraudulentas. De acordo com a empresa, apenas no Estado de São Paulo, o Sindicato dos Leiloeiros já identificou aproximadamente 400 páginas fraudulentas.

Publicidade


A propósito, a primeira informação que aparece quando se entra no site do sindicato da categoria é um banner com várias advertências sobre falsificação de páginas de leiloeiros na rede.

Comprar em leilão exige cuidados

A entidade faz diversas recomendações. Uma delas é identificar o nome do leiloeiro oficial antes de fazer o cadastro em um site de leilões. Outra dica é tentar contato com a empresa. Além disso, é importante se possível verificar a possibilidade de visitar o bem a ser leiloado. Também é aconselhável assistir a um leilão online, para certificar-se da veracidade dele.

A leiloeira Carolina Sodré Santoro recomenda prestar muita atenção nos sites de leilão. Ela afirma que o endereço de algumas páginas na internet que clonaram o seu site terminam com um “.com/br” e “.com”, em vez do “com.br“. Isso significa que o servidor onde o site está hospedado fica fora do Brasil, o que dificultaria a identificação dos responsáveis.


Ela também alerta para o fato de que os leiloeiros não entram em contato com o cliente por aplicativos de mensagens, como WhatsApp, para pedir depósito de dinheiro. Outra dica importante é que pelas normas legais o pagamento de bens adquiridos em leilão sempre deve ser feito por meio de depósito na conta bancária do leiloeiro, que é pessoa física. A leiloeira orienta a nunca fazer depósito em conta corrente de empresa, com CNPJ.

Além disso, Carolina recomenda atenção a possíveis erros de português. Para finalizar, desconfie também de valores muito abaixo do mercado. Principalmente se o veículo anunciado aparentemente estiver em boas condições. Leilões geralmente oferecem preços inferiores à média. Mas diferenças muito grandes são suspeitas.



Deixe sua opinião