Depois de muitos rumores ao longo dos últimos anos, a Mazda agora anuncia oficialmente que vai reativar sua divisão de desenvolvimento de motores rotativos. A montadora japonesa fez sucesso no passado com o Wankel, um propulsor em que discos rotativos substituem pistões e cilindros. Entretanto, tirou-o de linha em 2012 por ser mais caro que os motores convencionais, além de ter consumo elevado.
Entretanto, há cerca de um ano, a marca passou a usar um pequeno motor rotativo como gerador, também conhecido como extensor de autonomia, no SUV híbrido MX-30. O modelo traz um propulsor a gasolina de 830 cc de 75 cv e 11,8 mkgf para alimentar a bateria que abastece o motor elétrico. De acordo com a Mazda, esse conjunto oferece autonomia de mais de 600 km
Mazda híbrido rotativo?
A montadora, contudo, não confirmou que os motores rotativos serão usados como principais em seus novos veículos, por exemplo. Mas os entusiastas ficaram animados com as declarações do Chefe de Tecnologia da Mazda, Ichiro Hirose.
“Desta vez, 36 engenheiros vão se reunir para fazer avanços na pesquisa e desenvolvimento de motores rotativos. Na era da eletrificação e com uma sociedade neutra em carbono, prometemos entregar carros atraentes e que entusiasmem os nossos clientes com nosso espírito desafiador”, disse o executivo.
O último carro da Mazda a usar o motor Wankel como sistema primário de propulsão foi o RX-8, em 2012. E não foi a melhor despedida para o rotativo, já que o modelo enfrentou diversos problemas. Portanto, embora os extensores de autonomia possam ser chatos, ao menos é interessante descobrir que a empresa ainda trabalha no refinamento da tecnologia. Apesar de um carro novo equipado apenas com o motor rotativo seja um sonho distante, um esportivo híbrido que o combine com um elétrico já se torna um sonho mais palpável.
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