O mês de novembro do mercado automotivo interno fechou em 225.010 unidades emplacadas. É uma alta de 4,6% em relação a outubro. Se comparado a novembro de 2019, isso representa uma queda de 7,1%. No acumulado do ano foram emplacados 1.814.470 exemplares. É 28,1% a menos que em relação ao mesmo período de 2019.
O balanço do mês de novembro foi divulgado pela Anfavea, associação reúne os fabricantes nacionais. Segundo os dados, o mês manteve a alta do segundo semestre. A data coincide com a retomada gradual de operações.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, vê ainda um risco de paralisação por falta de peças. Outras questões é a pressão pelo câmbio e insumos. “Tudo isso vem prejudicando uma retomada mais rápida da indústria”, disse. Para 2021, a expectativa é de melhor ambiente para negócios com o controle da dívida pública e reformas econômicas, completou.
Produção e exportação
Exportações e produção superaram os números de novembro de 2019. Foram exportados e produzidos 44.007 unidades e 238.200 unidades, respectivamente. É o melhor dado de exportação desde agosto de 2018. A justificativa é o represamento de envios dos últimos por conta da pandemia e antecipação por causa do final do ano. No acumulado, as exportações (285.925) continuam 28,4% menores que em 2019.
A produção ainda sofre pela necessidade de redução de pessoal para atender os protocolos sanitários e também a falta de componentes e insumos. Foram produzidas 238.200 unidades – 0,7% a mais que outubro, menos do que o necessário para atender a demanda.
A Anfavea diz também que o número é 4,7% maior que novembro do ano passado. A diferença é que na época havia estoque de 330 mil veículos. Hoje, o número não passa de 120 mil entre fábricas e na rede. Esse número é suficiente para 16 dias de vendas. No acumulado do ano, a produção é de 1.804.759 unidades. Isso é 35% inferior ao mesmo período de 2019.