A Daimler, empresa dona da Mercedes-Benz, foi multada em 870 milhões de euros (quase R$ 4 bilhões) na conversão direta. O motivo seriam falhas no controle de emissões de poluentes de seus motores movidos a diesel. O grupo alemão não irá recorrer da multa, segundo informações da agência Reuters.
De acordo com promotores de justiça alemã, a multa foi aplicada porque a Daimler teria sido negligente em supervisionar o controle de emissões de seus veículos movidos a diesel feitos desde 2008. Alguns teriam sido alterados por terceiros. Cerca de 684 mil unidades excedem os índices de poluentes previstos nas regras de controle de emissões.
Além de pagar a multa, a Daimler será obrigada a melhorar o software que controla as emissões de poluentes. O sistema deve garantir que todos os veículos fiquem dentro das metas estabelecidas. Na prática, a empresa deve tornar o dispositivo menos vulnerável à violações e alterações.
Mesmo com a multa aplicada a pedido da promotoria de Stuttgart, região da Alemanha onde fica a sede da empresa, a Daimler informa que os dados publicados recentemente em seus balanços financeiros foram mantidos. Isso garante tranquilidade aos acionistas em relação a investimentos.
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Daimler não é a única acusada
Desde 2015, quando a Volkswagen foi flagrada utilizando um dispositivo que permitia que motores diesel enganassem os sistemas de medição de emissões de poluentes, a vida das marcas alemãs não está fácil. O caso foi apelidado de Dieselgate.
O nome é alusivo ao Watergate, como ficou conhecido o escândalo ocorrido nos EUA em 1974 que levou à renúncia de Richard Nixon à presidência do país.
A possibilidade de que outras fabricantes alemãs estivessem fazendo uso de sistemas semelhantes deflagou uma série de investigações. Não só o Ministério Público alemão como parte da imprensa passaram a buscar novos fraudadores.
Modelos da Volkswagen, Audi, Porsche, Seat, Skoda e VW Comercial estavam envolvidos no caso. Esses veículos tinham motores de quatro cilindros e V6 turbodiesel.
No Brasil, o único carro envolvido foi a picape Amarok. Isso rendeu uma multa do Ibama de R$ 50 milhões por fraude e o pagamento de 1 bilhão aos proprietários das picapes. A Volkswagen recorreu.
Carros com posição de dirigir elevada:
LAND ROVER DISCOVERY
Ele é o rei das ruas e das estradas. Estar ao volante de um Discovery é garantia de olhar tudo e todos de cima. Ajuda a linha de cintura baixa e as enormes janelas. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
NISSAN KICKS
O SUV compacto da Nissan tem uma das melhores posições de dirigir do segmento. Elevada, passa sensação de conforto e boa visão à frente. O modelo também tem boa área envidraçada, facilitando a visão para todos os lados. Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO
FORD ECOSPORT
O Eco é altinho e tem bancos com espuma alta, bom para motoristas de baixa estatura. O campo de visão à frente é bom e e o modelo é outro a dar sensação de comando sobre o trânsito. Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO
RENAULT DUSTER
O Duster melhorou ao longo dos anos, mas desde o início a posição de dirigir elevada é marca registrada. A linha dos vidros também é mais baixa, o que ajuda a sensação de estar mais no alto. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
RENAULT CAPTUR
O Captur passa sensação parecida com a do Duster. O modelo tem bancos altos e altura do solo eleavada. Foto: RENAULT/IDIVULGAÇÃO
FIAT TORO
A picape da Fiat até parece um modelo maior quando se está ao volante. A posição parece quase tão alta quanto uma picape média. Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO
TOYOTA HILUX
A Hilux representa praticamente todas as picapes médias do mercado. São modelos pouco práticos na cidade, mas a posição de dirigir elevada é motivo de compra desses modelos até mesmo na cidade. Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
VOLKSWAGEN FOX
O único hatch compacto da lista tem características incomuns. O teto alto permite que o banco do motorista fique mais alto do que em outros modelos, tornando o Fox escelente para motoristas baixinhos. Foto: MARCIO FERNANDES/ESTADAO
Atualizada às 9h24