A linha 2019 do Mini Cabrio acaba de chegar às lojas com leve reestilização e duas novas versões de motor. Outra novidade fica por conta da chegada do câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens, que substitui o automático de oito marchas na única configuração que estava disponível até então, Cooper S – e também equipa a nova opção de entrada, Cooper.
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A versão inicial da linha tem motor três-cilindros 1.5 turbo de 136 cv. O preço sugerido é de R$ 146.990. As outras duas opções trazem o 2.0 turbo de quatro cilindros, com 192 cv e 231 cv,
Dessas, a versão mais fraca, Cooper S, tem preço sugerido de R$ 176.990. Já a mais forte (e também mais divertida), John Cooper Works (JCW), sai por R$ 196.990. Ela é a única a trazer o câmbio automático de oito marchas.
Visual. O conjunto óptico do Mini Cabrio foi renovado. Há agora faróis de LEDs e luzes direcionais, que funcionam a partir de 45 km/h. A partir de 110 km/h, passam a entregar capacidade total.
Nas versões S e JCW, essas luzes são matriciais. Isso significa que são capazes de ajustar seus quatro segmentos conforme a demanda. Elas reduzem a luminosidade quando há um carro no sentido oposto, ou iluminam mais a direção da curva, por exemplo.
Atrás, as lanternas passam a ser de LEDs em todas as versões. Por dentro, elas trazem o desenho da bandeira do Reino Unido.
Esse desenho também está no painel, à frente do passageiro dianteiro, sobre o porta-luvas. Discreto durante o dia, ele fica vermelho na escuridão, ou ao se passar por um túnel, por exemplo. Outra novidade do interior é o contorno da central multimídia com iluminação configurável – pode ser azul, laranja, entre outras cores.
Além disso, a alavanca de câmbio passou a ter controles eletrônicos, como as dos modelos da BMW. Há ainda uma nova posição para o comando dos modos de condução – agora no console central, próximo ao botão de partida. Antigamente, era na base da alavanca de câmbio.
Multimídia. A central multimídia traz uma nova interface. A da versão Cooper, com tela de 6,5″, traz comandos remotos interligados ao smartphone. À distância, pode-se definir, por exemplo, a temperatura do carro.
A das versões S e JCW tem tela de 8,8. O recurso acrescenta navegador GPS, sistema de concierge e Apple CarPlay – não há Android Auto.
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O teto de lona preto pode abrir ou fechar em 18 segundos, a velocidades até 30 km/h. Opcionalmente, ele pode receber desenho de partes da bandeira do Reino Unido.
Em movimento. Avaliamos as versões Cooper S e John Cooper Works em trechos urbanos, rodovias de alta velocidade, trechos serranos e a famosa Rio-Santos, no trecho entre Guarujá e São Sebastião. Cenário perfeito para se comparar as aptidões dessas duas divertidas opções.
Começamos pelo JCW, que é o mais visceral dos Mini. Em qualquer modo de condução, do confortável ao esportivo, ele apresenta muitos baques secos em pisos imperfeitos. Isso porque a versão não tem nenhum compromisso com o conforto, apenas com a esportividade. Sem folgas na direção e com suspensão muito dura, é um devorador de curvas, e acelera sem medo de ser feliz.
No modo de condução mais bravo, usado na maior parte da avaliação, o giro é mantido sempre alto e, do escapamento esportivo, vem um ronco instigante. Além disso, dá para ouvir um leve “estouro” nas reduções de marcha.
Com o dupla embreagem do Cooper S, dá para escutar as marchas “raspando” na mudança. E esse é o único som de esportividade propagado pelo Mini Cabrio intermediário, que tem escapamento convencional.
Do modo confortável para o esportivo, nas há mudança tão perceptíveis no modo de ação do conjunto motor-câmbio. Menos ainda da suspensão, que absorve melhor as imperfeições do piso. O Cooper S sabe lidar bem melhor com o dia a dia nas cidades, mas com pitada bem menor de diversão.