Quem pensa em fazer turismo na Itália dificilmente inclui Turim no roteiro. Afinal, a cidade industrial no norte do país não tem as gôndolas de Veneza, tampouco o charme de Portofino e está longe de oferecer o apelo de Roma. Mas aqueles que gostam de automóveis não irão se arrepender se planejarem uma esticada até a comuna onde nasceu a Fiat. É ali, aos pés dos Alpes, que fica o Museu Nacional do Automóvel.
Fundado em 1932, o museu passou por uma reforma completa em 2011. Atualmente, o prédio de arquitetura moderna reúne uma coleção de mais de 200 veículos, espalhada por três andares. Por estar quase no “quintal” da Fiat, a marca italiana ocupa boa parte da coleção. Há até mesmo um espaço temático dedicado ao novo Cinquecento, lançado em 2007.
Mas o acervo é diversificado e riquíssimo. Andando pelo prédio, descobrem-se modelos de várias épocas e nacionalidades. Há desde exemplares do século 19, movidos a vapor, até esportivos contemporâneos, como uma Ferrari 458 Italia. Na ala dos clássicos de luxo, estão modelos como o italiano Isotta Fraschini 8A, de 1929, o norte-americano Cord L-29, de 1931, e o inglês Rolls-Royce Silver Ghost, de 1914.
Mas nem só de requinte é feita a coleção do museu. Há uma seção dedicada ao automobilismo, com vários modelos de Fórmula 1, e também uma ala mais descontraída, dedicada ao humor. Nela, há um Uno aberto na parte de cima, como se fosse uma lata de sardinha.
A entrada custa ¤ 12 (cerca de R$ 54). Acima de 65 anos, crianças e adolescentes (de 6 a 18 anos) pagam ¤ 10 (R$ 44).
O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FPT INDUSTRIAL
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Prédio é moderno
Acervo ocupa três andares de prédio moderno, inaugurado em 2011. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Saguão de entrada reúne vários esportivos
Visitante é recebido por uma seleção de esportivos raros, como o Dallara Stradale, em primeiro plano. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Tesla Roadster Sport
Foi o primeiro modelo da Tesla. Apresentado em 2006 e lançado em 2008, é um conversível elétrico desenvolvido em parceria com a Lotus. Ficou famoso quando foi lançado ao espaço, em fevereiro de 2018, em um foguete da SpaceX, pertencente a Elon Musk, também dono da Tesla Motors. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Pope
Este modelo norte-americano de 1907 tem motor elétrico, alimentado por baterias localizadas sob o banco. Era capaz de andar a 30 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Trio dos tempos austeros
Nos anos 50, com a Europa ainda sentindo os efeitos da Segunda Guerra, surgiram vários modelos despojados e baratos. Foi o caso do Fiat 600 (à esquerda), Acma Vespa (centro) e Fiat 500 (à direita). Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Museu com bom humor
A ala descontraída do museu tem o nome de "Follia", e usa como letreiro um luminoso da Ford. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Lata de sardinhas
Na ala divertida do museu, Uno foi transformado em lata de sardinhas. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Isotta Fraschini 1929
Modelo italiano era caro e refinado. Motor de oito cilindros gerava 110 cv e levava o carro a 140 km/h. Hairton Ponciano/Estadão
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Rolls-Royce Silver Ghost 1914
Não por acaso, modelo de luxo inglês está ao lado do italiano Isotta Fraschini, e tem motor de seis cilindros. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Garagem dos pioneiros
Alguns dos automóveis mais antigos do acervo estão reunidos em uma ala que reproduz uma oficina de época. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Fiat Downtown 1993
Protótipo era uma ideia da Fiat para locomoção urbana: motor elétrico e dimensões compactas. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Fiat Multipla 1956
Não é de agora que a Multipla tem estilo, digamos, "polêmico". O modelo de 1956 já era assim. Mas, como no modelo atual, oferecia bastante espaço, mesmo não sendo grande por fora. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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NSU 1966
Sedã alemão tinha motor Wankel (rotativo), que proporcionava bom desempenho. O propulsor de apenas 1 litro gerava 130 cv e levava o carro a 180 km/h. Por outro lado, o consumo era alto. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Packard Super-eight 1937
Mais um representante americano em Turim. O Packard era tão grande quanto elegante e luxuoso. Com motor de oito cilindros, rendia 125 cv e era capaz de alcançar 120 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Fiat Turbina 1954
O protótipo da Fiat tinha linhas aerodinâmicas e, como diz o nome, turbina. Gerava 300 cv a 22 mil rpm, e era capaz de alcançar 250 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Jaguar E-Type 1969
Com sua frente marcante, o inglês Jaguar E-Type sempre seduziu pela beleza e esportividade. O motor de seis cilindros gerava 269 cv, e era capaz de alcançar 240 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Citroën 2 CV 1958
O 2 CV era o equivalente francês ao Volkswagen Fusca alemão e ao Fiat 500 italiano: prático, simples e barato. No museu de Turim, recebeu status de carro "descolado". Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Austin Seven 1932
O inglês Austin Seven foi um sucesso no Reino Unido por ser compacto, acessível, econômico e simpático. Com motor de quatro cilindros e 748 cm3, rendia 13 cv e chegava a 70 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão
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Cord 1931
Modelo americano tinha estilo marcante e motor de oito cilindros. Rendia 125 cv e alcançava 170 km/h. Foto: Hairton Ponciano/Estadão