A segunda geração do Q3 vem para chacoalhar novamente o segmento de SUVs compactos de luxo no Brasil. O Q3 chega em três versões: Prestige, a R$ 179.990; Prestige Plus, por R$ 189.990; e Black, a R$ 209.990. Sua missão é concorrer com BMW X1, Volvo XC40 e Mercedes-Benz GLA.
A marca diz estudar a produção nacional do modelo, mas não informa quando isso pode ocorrer. Por enquanto, o novo Q3 virá ao Brasil apenas com motor 1.4 turbo de 150 cv a gasolina e tração dianteira. O propulsor é o mesmo já usado no Q3 antigo e no VW Tiguan, mas deixou de ser flexível no Audi.
Isso ocorre porque o modelo vem da Hungria. O modelo anterior era produzido em São José dos Pinhais (PR). Em outros mercados, o Q3 também pode receber um 2.0 turbo de 220 cv e tração integral.
A evolução do Q3 é notável com o carro em movimento. Embora a geração anterior estivesse longe de ser um carro ruim, já mostrava claros sinais da idade e o modelo carecia de renovação. A plataforma MQB deu ao SUV mais leveza e solidez ao rodar. O motorista se senta ligeiramente mais baixo do que no Q3 antigo, o que também deixou o SUV com mais jeitão de automóvel ao volante.
As unidades testadas no Mato Grosso ainda tinham a especificação para o mercado alemão. O motor era 1.5 turbo, e o câmbio, automatizado de sete marchas e dupla embreagem. No entanto, a marca informa que o desempenho será o mesmo, já que 1.4 e 1.5 rendem a mesma potência.
O SUV é ágil, embora o modelo tenha apresentado um leve atraso nas respostas. O Q3 leva algumas frações de segundo para de fato “acordar”. Mas, passado o hiato, o 1.5 rende bem. Chama atenção como o propulsor praticamente não se faz notar com o carro em movimento. Independentemente da rotação de trabalho, a cabine se mantém em silêncio. Não “sobra” motor, mas os 150 cv são suficientes para levar a nova geração sem sufoco.
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Dinâmica e equipamentos
Nas curvas, o Q3 se sai bem. A suspensão tem acerto mais firme e segura bem o SUV numa sequência de curvas. O senão é que as versões com rodas maiores terão rodar ligeiramente mais áspero. Em pisos ruins, o modelo tem bom comportamento, mas não espere um off-road nato. Inicialmente, nenhuma versão vendida no País terá tração integral e os pneus de asfalto não irão levar o Q3 tão longe numa trilha.
Ainda assim, o SUV tem um modo específico para fora de estrada, deixando as respostas ao acelerador mais ríspidas e desativando o ESP. O Q3 sacoleja um pouco, mas vai dar conta da entrada do sítio sem problemas.
A nova cabine é mais espaçosa, com destaque para o acabamento. O alto do painel é coberto de material macio ao toque, bem como as portas. Os bancos podem ser cobertos de couro com a parte central de Alcantara e há ajustes elétricos para o do motorista. Há bom espaço, a não ser quando o veículo estiver com cinco ocupantes.
A central multimídia também é nova, semelhante à usada nos modelos maiores da marca. Tem navegador GPS e conexões para Android Auto e Carplay, e é simples de usar, com as funções dispostas em ícones também inspirados nos smartphones.
O painel virtual com tela de 10,25 polegadas permite algumas configurações. Como em outros Audi, o display pode mostrar o mapa do GPS em tamanho grande, bem como informações do computador de bordo ou sistema de som. A operação pelos botões no volante é igual a de outros modelos da marca.
VIAGEM FEITA A CONVITE DA AUDI