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Novo Avenger ou Renegade híbrido no Brasil? Veja o que diz o CEO da Jeep
Segredos

Novo Avenger ou Renegade híbrido no Brasil? Veja o que diz o CEO da Jeep

Prestes a deixar comando da Stellantis para se dedicar à Jeep, Antonio Filosa diz que marca estuda Avenger, mas pode ter Renegade híbrido

Vagner Aquino, especial para o Estadão

20 de out, 2023 · 7 minutos de leitura.

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Jeep
Stellantis produz, em Goiana (PE), os Jeep Commander, Compass, Renegade, e as picapes Fiat Toro e RAM Rampage; Avenger pode ser o próximo
Crédito:Jeep/Divulgação

Em março de 2018, Antonio Filosa chegava à presidência da FCA América Latina. Agora, pouco mais de seis anos depois, o executivo deixa o cargo no grupo – chamado de Stellantis desde 2021 – para atuar como CEO global da Jeep. Desse modo, a partir de 1º de novembro, Emanuele Cappellano será designado como Chief Operating Officer (COO) da Stellantis na América do Sul. Prestes a deixar o cargo, o executivo confirma que o SUV Avenger pode ser trazido ao mercado brasileiro.



Em entrevista coletiva à imprensa brasileira na manhã desta sexta-feira (20), Filosa – na Jeep, substituto de Christian Meunier, que se dedicará a projetos pessoais – disse que não pode falar de futuro. Mas que “não é uma ideia ruim trazer o Avenger ao Brasil”. Entretanto, aponta que o tema segue em discussão. De acordo com ele, é mais caro investir em uma nova plataforma, porém, também é mais rentável, porque traz novas soluções – como a possibilidade de eletrificação, por exemplo. Desse modo, entende-se que há um dilema: transformar o Renegade em eletrificado, ou produzir o Avenger no Brasil.

Jeep
Jeep Avenger é SUV eletrificado menor que Renegade (Jeep/Divulgação)

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Cabe recordar que o SUV de 4,08 metros de comprimento tem a plataforma CMP (de origem PSA Peugeot-Citroën) e, no mercado europeu, conta com motor 1.2 GSE turbo a gasolina de 100 cv e um elétrico com 156 cv. Por aqui, informações apontam que pode ser vendido com motor 1.0 turboflex tanto a combustão quanto híbrido. Ambos aliados ao câmbio CVT.

Lançamentos

Mesmo sem revelar os planos futuros, Filosa recorda que, nos seis anos de chefia, participou de 47 lançamentos. Dentre os principais, destaca os Fiat Cronos (março de 2018) e Strada (junho de 2020), bem como a RAM Rampage, que “não foi só um produto, mas um brand. O primeiro RAM produzido fora dos Estados Unidos”, complementa. Cabe salientar que este número (47 lançamentos) engloba todo o ano de 2023. Dessa forma, já conta com futuras estreias, como o novo Citroën C3 Aircross e o Fastback Abarth – que chegará na próxima semana.

Citroën
Citroën C3 Aircross (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Balanço

Filosa fez um balanço do período em que chefiou a Stellantis localmente. O executivo, que atua no grupo Fiat desde 1999, comemorou o crescimento da Stellantis, que é líder de mercado no Brasil, na Argentina e no Chile onde, juntos, representam mais de 75% do mercado sul-americano de automóveis e comerciais leves. No Brasil, o grupo tem 23,8% de participação, com 646 mil unidades vendidas, apontam os dados computados até setembro pela Fenabrave.

Eletrificação

Nesse meio-tempo, muita coisa mudou no mercado, principalmente em termos de eletrificação. De olho nisso, a Stellantis tem três pilares de desenvolvimento. O primeiro é a Localização e Desenvolvimento e Produção de Componentes, onde a meta é incentivar soluções de propulsão combinando etanol e eletrificação. Inclusive, a Stellantis terá modelos híbridos flex já a partir do próximo ano (leia mais). Nesse sentido, Filosa resume, “Queremos empregos e fornecedores brasileiros e argentinos”.

O segundo pilar trata da Descentralização da Indústria em Todas as Regiões do País. Ou seja, visa melhor distribuição de renda nos territórios e mais desenvolvimento nos mercados regionais. Por fim, o terceiro trata da Descarbonização Combinando Etanol e Eletrificação, justamente, oferecendo veículos mais competitivos e menos poluentes ao consumidor.


De acordo com comunicado recente de Filosa, as tecnologias de descarbonização da Stellantis privilegiam as características e recursos do Brasil, como o etanol e a energia elétrica limpa. Assim, no futuro próximo, os carros do grupo terão base em plataformas híbridas desenvolvidas e fabricadas no Brasil. O primeiro lançamento, portanto, já estreia em 2024.

Stellantis híbridos
Plataforma Stellantis (Rodrigo Tavares/Especial para o Estadão)

De acordo com a empresa, que tem fábricas em Betim (MG), Goiana (PE) e Porto Real (RJ), a tecnologia Bio-Hybrid – totalmente desenvolvida no Brasil – conta com os seguintes sistemas: híbrido leve (MHEV), híbrido (HEV) e híbrido plug-in (PHEV). E tem, ainda, o 100% elétrico (BEV).


Hoje, a Stellantis engloba as marcas Abarth, Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS Automobiles, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram, Vauxhall, Free2move e Leasys.

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