Sem grandes lançamentos nos últimos anos, a Citroën dá início à sua ofensiva de produtos na Europa com a reestilização do C3 Aircross. O ponto alto da renovação do SUV é o novo design da marca, que surge um mês após a fusão da PSA com a Fiat-Chrysler, que criou o grupo Stellantis. No Brasil, o desenho indica o estilo do inédito SUV que a marca vai lançar em 2021.
A mudança mais significativa, portanto, está na dianteira do novo C3 Aircross. A montadora redesenhou desde o para-choques aos faróis, capô e luzes auxiliares. Assim, as linhas agora conectam todo o conjunto óptico, formando uma assinatura única em “Y” com a grade, que traz o escudo do duplo chevron. Uma enorme entrada de ar central completa o design.
O restante da carroceria mudou pouco, bem como o interior, que guarda semelhanças com o C4 Cactus, aposentado no fim de 2020 na Europa. Dessa forma, as dimensões do C3 Aircross seguem iguais, com 4,16 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,64 m de altura e 2,6 m de entre-eixos. E o SUV europeu segue menor que compactos nacionais como Hyundai Creta, Jeep Renegade e Nissan Kicks.
Motor turbo para os europeus
Por dentro, a principal novidade são os bancos Comfort e a possibilidade de aumentar o espaço no porta-malas com banco traseiro, que agora é deslizante. Segundo a Citroën, o ajuste permite adicionar mais 110 litros ao porta-malas, passando de 410 a 520 litros. Com o banco rebatido, o volume chega a 1.289 litros. Já os novos assentos trazem espumas de maior densidade, semelhante a um colchão.
Sob o capô, o novo C3 Aircross europeu tem duas opções. O motor a gasolina é o Puretech 1.2 Turbo com duas faixas de potência: 110 cv, quando combinado à transmissão manual de seis marchas, ou 130 cv com o câmbio automático de oito marchas. Já o 1.6 BlueHDi a diesel produz exatamente as mesmas potências, com 110 cv no manual e 130 cv no automático.
Por enquanto não há previsão de o SUV compacto oferecer uma versão 100% elétrica. Isso porque o C3 Aircross segue sobre a plataforma PF1 e não na base e-CMP para carros elétricos.
Mini Cactus no Brasil
A Citroën pretende lançar um produto focado em mercados emergentes, como o Mercosul e a Índia, para ficar abaixo do C4 Cactus. O modelo será produzido em Porto Real (RJ). Ou seja, o sucessor do atual C3 dará lugar a um mini Cactus com arquitetura modular mais barata, porém capaz de atender às exigências legais. O modelo foi desenvolvido na Índia e chegará ao Brasil no segundo semestre.
A fábrica da PSA, em Porto Real (RJ), já está ajustada para receber a arquitetura, que vai originar ainda outros modelos para a Citroën. Um ponto que pode desapontar os fãs da marca é a mecânica. É esperado que o sucessor do C3 traga o mesmo conjunto mecânico do novo Peugeot 208. Isso significa que o modelo deve usar o motor 1.6 flexível de até 118 cv e 15,47 kgfm.