Câmeras de reconhecimento facial se tornaram comuns. Elas estão nos smartphones, nas casas e, agora, nos carros. O GWM Haval H6 GT – que o Jornal do Carro acelerou no Autódromo de Interlagos – é o lançamento mais recente a contar com a tecnologia. Mas a Continental lançou um dispositivo ainda mais poderoso. Além de configurar o veículo a partir da leitura do rosto do motorista, o sistema detecta fadiga e incluí outras funções para aumentar a segurança contra furtos, por exemplo.
O novo recurso da Continental, aliás, venceu o prêmio de inovação na CES 2023 (em Las Vegas, EUA), na categoria “Tecnologia veicular & Mobilidade avançada”. Chamado de Driver Identification Display – ou Display de Identificação do Motorista, em português), o dispositivo foi feito em parceria com a TrinamiX. Tal como sugere o nome, a tecnologia reconhece o motorista e, somente depois disso, desbloqueia o veículo para uso.
Assim como nos celulares, o equipamento é integrado a uma tela e usa a identificação visual e biométrica. Com isso, dispensa o contato físico. Ou seja, as chaves e os botões estão com os dias contados. Bastará olhar para a câmera que o carro liga.
Tecnologia vai além
Mas não é só isso. O sistema da Continental também poderá fazer pagamentos em estacionamentos, pedágios e postos de combustível (ou de recarga, no caso de carros elétricos). E quem tiver cansado ao volante também pode ser “denunciado”, porque o dispositivo da sistemista alemã é capaz de monitorar os sinais de fadiga em tempo real.
Em resumo, a Continental chama o sistema de “três em um”. Tem a autenticação do motorista, a realização de pagamentos e o monitoramento da condição física do condutor. De acordo com a empresa, o dispositivo observa falhas e, portanto, minimiza erros. Para verificar a identidade de quem usa, a tecnologia se baseia na pele. Ou seja, nada de usar fotografias. Ou mesmo máscaras tridimensionais para tentar burlar o sistema.