A volta dos carros da Daihatsu ao Brasil está acertada. Contudo, seus veículos serão vendidos no País com a marca Toyota – que comprou a conterrânea no início do ano passado – e serão posicionados como modelos de entrada. Um dos cotados para o mercado brasileiro é a versão de produção do utilitário- esportivo DN Trec, revelado como protótipo no Salão de Tóquio.
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Atualmente, o Etios (hatch e sedã), que é feito em Sorocaba (SP), ocupa a posição de entrada da linha Toyota no País. Com a vinda dos carros da Daihatsu, a marca ampliará a oferta de modelos no mercado nacional e entrará fortemente na briga pela liderança das vendas.
Ontem, no Salão de Tóquio, o CEO da Toyota para a América Latina, Steve St. Angelo, fez questão de dizer que gostou muito do DN Trec. Ele afirmou também que a linha só seria vendida no Brasil com a marca Toyota.
A volta dos Daihatsu ao País faz parte de uma estratégia global da Toyota para crescer no segmento de carros de baixo custo e foi iniciada na Índia, berço do Etios. Em junho, o presidente da empresa, Soichiro Okudaira disse em entrevista que a marca estrava trabalhando para voltar ao Brasil.
Antes de assumir o comando da Daihatsu, Okudaira ocupou o posto de engenheiro-chefe responsável pelo desenvolvimento do Corolla. O DN Trec utiliza a plataforma DNGA, uma variação da TNGA do híbrido Prius e do próximo Corolla.
O “D” e o “N” do início de cada sigla indicam a fabricante: Daihatsu e Toyota, respectivamente. As demais letras referem-se a New Global Archtecture, ou nova arquitetura global, em tradução livre.
SENHOR EM FORMA
Outro Daihatsu que chama bastante a atenção no Salão de Tóquio é o DN Compagno. O pequeno cupê de quatro portas tem estilo retrô e remete ao modelo original, lançado em 1963.
A marca informa que o carrinho, destinado ao mercado japonês, não é um esportivo, mas um modelo “elegante e direcionado a idosos ativos, que gostam de desfrutar de um estilo de vida individual”.
A versão de produção do DN Compagno terá duas opções de propulsão. A primeira trará motor l.0 turbo a gasolina e a outra, um conjunto híbrido que inclui um 1.2 a combustão.
O jornalista viajou a convite da Anfavea
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Ford com câmbio automatizado Powershift
A transmissão de dupla embreagem Powershift deu e dá tantos problemas que está muito longe de ser uma boa opção de compra no mercado de usados, nem levando-se em conta que a Ford estendeu para dez anos a garantia do sistema. A montadora está abandonando esse tipo de câmbio, tanto que o novo EcoSport passou a empregar sistema convencional, com conversor de torque. Além do Eco anterior, o Fiesta e o Focus também utilizam sistema Powershift.
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Effa M100
A Effa estreou no Brasil há dez anos, com o M100. Mas o modelo tinha desempenho fraco, acabamento simples demais e pouca estabilidade, além de baixa qualidade. Não durou no mercado, e não tem motivos para ser considerado como opção no mercado de usados.
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Fiat com câmbio automatizado
Lojistas evitam pegar modelos da Fiat com câmbio Dualogic, automatizado. Diferentemente do sistema da Ford, o problema dos Fiat não é quebra, mas lentidão nas trocas. A foto é de um Punto, mas poderia ser também do Palio, Stilo, Siena, Linea, etc.
4/10
JAC J5
O lojista Álvaro Mari, da Primo's Car, evita veículos chineses em geral em sua loja, na Zona Norte de São Paulo. No caso do J5, há outras razões: o motor 1.5 está subdimensionado para o modelo. E a JAC está paralisando a importação de seus modelos urbanos (J2, J3 e J3 Turin), e o J5 pode entrar na lista. A ideia é concentrar esforços nos SUVs, caso do T40 e T5 e T6.
5/10
Citroën DS5
Na loja multimarcas Trans-Am Faraj, na Zona Norte, um reluzente Citroën DS5 já completou um ano no estoque. O motivo pode estar na falta de teto solar, item considerado indispensável nesse tipo de automóvel. Sem ele, o carro vira mico.
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Geely EC7
A foto é do sedã EC7, mas poderia ser a do compacto GC2. A Geely teve vida muito curta no País. Chegou em 2014 e partiu em 2016. Sem representação, a assistência técnica (peças e mão-de-obra) torna-se uma incógnita.
7/10
Chevrolet Agile com câmbio automatizado
O câmbio automatizado na Chevrolet, batizado de Easytronic, equipou Agile e Meriva, e não deixou saudades. As trocas eram demoradas e feitas com trancos, motivo pelos quais os modelos são evitados pelos lojistas.
8/10
Lifan 320
O 320 (a foto é do modelo 2010) era uma cópia de baixíssima qualidade do Mini, que parou de ser importado. Com isso, a desvalorização aumentou muito. Lojistas e seguradoras não querem correr riscos com modelos assim.
9/10
Volkswagen com câmbio automatizado
A foto é do Voyage, mas também poderia ser do Fox, do Gol, do Polo... O câmbio automatizado da Volkswagen também não é muito bem visto pelos lojistas, por causa das demoras nas trocas de marcha.
10/10
Chery Celer
Os carros da Chery também não escapam da rejeição dos lojistas, a exemplo do que ocorre com outros chineses. É o caso do comerciante Álvaro Mari, da Primo's Car, que evita comprá-los, por saber que a revenda será complicada.