O mercado brasileiro de automóveis é bastante fechado e, por isso mesmo, muito difícil. São poucas as marcas disponíveis e as vendas são disputadas a cada real descontado. Mas, para alguns modelos, as dificuldades são meros detalhes que eles ultrapassam ser a menor dificuldade. É o caso do Chevrolet Onix, a cara do sucesso. O modelo é o mais vendido do Brasil disparado, com entregas que praticamente equivalem às do segundo e terceiro colocado somadas.
Ele chegou de mansinho em outubro de 2012, foi ganhando mercado com o enfraquecimento do VW Gol e Fiat Palio e, ao oferecer coisas que os concorrentes não tinham, ganhou o coração do consumidor. Vai receber uma nova geração em breve que será maior e mais sofisticada.
Concorrente do Onix, o Hyundai HB20 é outro produto de muito sucesso. Ele vende quase a metade de seu rival, mas seus números, para uma marca que não está no top 5 do mercado, são muito impressionantes. O modelo foi perfeitamente estudado para o consumidor brasileiro, analisando principalmente o Volkswagen Gol, que era líder quando ele chegou em setembro de 2012. Solidez, dirigibilidade adequada e visual moderno fizeram dele logo um dos queridinhos do mercado.
Ainda é cedo para saber se o Volkswagen Polo será um produto de incessante brilho por anos. Mas a julgar pela forma como ele chegou, não há dúvidas. Rei nos comparativos da imprensa especializada, o Polo é como o Onix. Oferece coisas que a concorrência não tem, como o painel virtual. E uma dirigibilidade capaz de agradar os mais exigentes. Tem no Fiat Argo seu grande rival, numa briga que ainda vai dar muito o que falar.
Por falar em Fiat, se o assunto é picape, a marca italiana não tem do que se queixar. A compacta Strada é a líder eterna. Sempre na vanguarda do segmento oferecendo versão aventureira, cabine estendida e cabine dupla. Mas o grande impacto veio mesmo na Toro. A Fiat mostrou ao mundo o conceito FCC4 no Salão do Automóvel em 2014. A reação não foi lá muito boa, por causa do aspecto muito radical da picape.
Mas a Fiat não ligou e lançou a Toro assim mesmo em 2016, com o visual muito similar ao do conceito. E inaugurando um segmento junto da Renault Oroch, o de picapes intermediárias. Nas primeiras fotos, todo mundo torceu o nariz, mas ela era muito melhor ao vivo e logo disparou em vendas, tendo como sua base de convencimento a dirigibilidade mais parecida com a de carros de passeio que a das outras picapes.
Sucesso na classe média
Agora, os dois amorezinhos da classe média: Jeep Compass e Toyota Corolla. O primeiro é o SUV mais vendido do Brasil mesmo tendo pelos menos cinco rivais R$ 30 mil mais baratos que ele. A culpa disso é da imagem forte da marca, bom espaço interno e porta-malas, e desempenho agradável mesmo na versão flexível, calcanhar de Aquiles de quase todos os seus concorrentes menores.
Já o Corolla também surfa nesta onda da imagem de marca, mas ele mesmo também fez a sua ao ser reconhecido acertadamente como um carro que não quebra e que raramente dá qualquer tipo de problema. Além disso, não peca em nada. Não tem pontos muito negativos que façam o cliente desistir de sua compra, e por isso segue líder sempre entre os sedãs médios.