Peugeot 208
Diogo de Oliveira/Estadão

Peugeot se despede do motor 1.6 flex no Brasil após quase 20 anos

Motor 1.6 EC5 segue agora apenas para exportação, mas pode ter vida curta; Stellantis investirá na ampliação da produção de outros conjuntos

Por Rodrigo Tavares 10 de set, 2024 · 4m de leitura.

O fim dos motores 1.6 EC5, usados pelas marcas Peugeot e Citroën, já era esperado, algo que reportamos ainda em maio deste ano. Contudo, o conjunto será finalmente descontinuado pela Stellantis no Brasil, em definitivo. O motor chegou ao País em 1998, equipando o Peugeot 206, ainda importado. De lá para cá, sofreu diversas modificações e alterações nas últimas duas décadas.

Peugeot
208 aposenta motor 1.6 EC5 na linha 2025 (Diogo de Oliveira/Estadão)

Com a chegada do novo Peugeot 208 às lojas do mercado brasileiro nos próximos dias, o consumidor não encontrará mais a opção com motor 1.6 aspirado, que na linha anterior (2024) estava apenas na versão Roadtrip, por exemplo. Desta forma, e acompanhando o SUV 2008, o conjunto não aparece mais como opção no Brasil, restando ao 208 apenas duas opções: o 1.0 aspirado e o Turbo, de mesma cilindrada.


Assim, já não é mais possível encontrar, no site da Peugeot, a versão Roadtrip com o motor 1.6 de 118 cv de potência e 16,1 mkgf de torque. Entretanto, o conjunto não equipava apenas modelos Peugeot. Atualmente, o Citroën C4 Cactus ainda tem fabricação por aqui com esse motor, mas isso está próximo de mudar. Até mesmo a linha C3 não utiliza mais o conjunto.

Citroën C3
Citroën/Divulgação

Com a chegada do novo Basalt, a planta de Porto Real deixará de produzir o C4 Cactus nos próximos meses, abrindo espaço para o novo SUV cupê da marca. Entretanto, segundo a Stellantis, a produção do motor continuará apenas para a exportação, para países como a Argentina, cujo Aircross ainda usa a unidade 1.6, por exemplo.


Stellantis pode estar próxima de abandonar totalmente motor 1.6 aspirado

Contudo, seu futuro não é garantido, e tampouco promissor. Após o anúncio do investimento de R$ 454 milhões da Stellantis na fábrica de motores de Betim (MG), destinados ao aumento da capacidade de produção, é possível que a produção gradualmente vá acabando. A unidade já produz os motores 1.0 e 1.3 GSE turbo quanto os 1.0 e 1.3 Firefly aspirados, por exemplo. Além disso, as variantes Bio-Hybrid estão a caminho.

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