Omoda Jaecoo fazem parte da nova leva de marcas chinesas que vão estrear no Brasil em 2025. Mas qual a história dessas fabricantes? Quem está por trás? Quais carros serão lançados por aqui? Jornal do Carro começa agora uma série de reportagens que vão destrinchar
E a primeira é justamente a Omoda Jaecoo. O primeiro fato relevante é que elas fazem parte do gigante e conhecido Grupo Chery China. E, apesar da Chery aqui no Brasil ser atrelada ou representada pelo Grupo Caoa, a operação da chamada O&J é independente, sem ligação com a empresa brasileira.
O segundo fato é que a história das fabricantes é muito recente. Elas foram criadas em 2022 e fizeram sua estreia global como marcas independentes da Chery no 20º Salão do Automóvel de Xangai no ano seguinte. E existe uma nota curiosa: a O&J não vende carros na China.

Omoda Jaecoo e 1,4 milhão de carros até 2030
A estratégia é usar a base dos veículos da Chery, dar um visual diferente e alimentar as exportações. E o objetivo ousado: exportar 1,4 milhão de unidades ao redor do mundo até 2030. Até agosto do ano passado, durante os 15 primeiros meses de operação global, as marcas somaram mais de 280.000 unidades em 30 países. A Rússia aparece como um dos principais mercados.
O nome “Omoda” faz referência a ideia de um novo começo vibrante, representado pelo “O”, que evoca o elemento essencial para a vida: o oxigênio. A parte “moda”, derivada de “Moderno”, diz a marca que “reflete o posicionamento com uma imagem elegante e futurista”. E continua dizendo que o público-alvo “são os consumidores de espírito jovem, que buscam expressar sua personalidade individual através da adoção de novas tecnologias, são ativos e estão sempre prontos para desbravar o novo”.

Para isso, a Omoda Jaecoo aposta em um approach diferente da Chery, por exemplo. Por outro lado, os carros têm um design mais moderno e uma pegada mais, digamos, premium. O anúncio da entrada no Brasil foi no final de 2023, mas os planos atrasaram um pouco. Agora, no entanto, os primeiros modelos no Brasil já estão definidos: serão o elétrico Omoda E5 e o híbrido plug-in Jaecoo 7. A estreia acontece até meados de abril, antes da próxima edição do Salão de Xangai. O projeto visa 40 concessionárias em 17 estados por aqui até o lançamento.
Dois SUVs: EV e PHEV
O Omoda E5 é um SUV elétrico do porte de um Jeep Compass, mas com traços de cupê. Tem uma dianteira bem diferente com o conjunto óptico dividido em duas seções. A traseira, no entanto, é mais convencional. Com plataforma de Tiggo 5x, o modelo tem 4,42 metros de comprimento e 2,63 m de entre-eixos. Jornal do Carro, inclusive, já testou o veículo.
Ademais, o motor elétrico fornece 204 cv de potência e 34,7 mkgf de torque. Com bateria de 61 kWh, a autonomia aferida pelo Inmetro é de exatos 348 km. O preço deve ficar na casa dos R$ 200.000 e enfrentará a concorrência de marcas conterrâneas, como BYD e Neta.
Por fim, o Jaecoo 7 é um SUV híbrido plug-in com base do Tiggo 7. Traz o motor 1.5 litro a turbo aliado a um elétrico. Juntos, produzem 339 cv e 52 mkgf. A autonomia do modo elétrico fica perto de 50 km ( a baterai é de 18,3 kWh) e o zero a 100 km/h na casa dos 7 segundos. Os principais concorrentes serão os BYD Song Plus e o GWM Haval H6. Ou seja, o preço deve ficar na faixa de R$ 250 mil.
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