Em 2021, as mudanças no ranking de vendas de automóveis e comerciais leves do mercado brasileiro deram o que falar. Teve Chevrolet Onix despencando, Fiat Mobi em primeiro lugar e até Ford fora do top 10. Apesar disso, houve baixíssimo crescimento em vendas na comparação com 2020. De acordo com a Fenabrave, associação das concessionárias do País, apenas 1,2% a mais que no ano anterior, com 1.974.431 unidades.
Os números ruins têm como principais fatores a alta do dólar e a falta de componentes eletrônicos para a produção de veículos. Nesse sentido, diversas fábricas tiveram suas atividades paralisadas ao longo de 2021 e, assim, bagunçaram todo o ranking de vendas. E quem, em síntese, mais se beneficiou com a crise foi a Fiat. Assim, pela primeira vez em cinco anos, a marca italiana tomou a liderança da Chevrolet – no topo entre 2016 e 2020. Mais que isso, quase dobrou a rival.
Em números, a Fenabrave contabiliza 431.035 emplacamentos da Fiat (21,8% de participação de mercado). Enquanto isso, a Volkswagen ficou em segundo lugar, com 302.270 unidades (15,3%). Só aí vem a GM, na terceira posição, com 242.108 vendas e 12,3% de market share.
Cabe lembrar que a culpa disso é da inatividade da planta de Gravataí (RS) que ficou quase seis meses parada por falta de chips e, desse modo, afetou fortemente as vendas do então líder Chevrolet Onix. Tracker (feito em São Caetano do Sul, no ABC paulista) e Onix Plus também foram fortemente afetados, o que contribuiu para queda da marca.
Do quarto ao décimo
Com pouco menos de 60 mil unidades de diferença para a GM, a Hyundai ocupou de vez o lugar da Ford que, no passado, fazia parte do clube das quatro grandes montadoras do Brasil. Hoje, a marca do oval azul – que encerrou a produção de carros no Brasil há um ano – sequer entra no top 10. A fabricante sul-coreana, por fim, fechou 2021 na quarta posição do ranking, com 184.284 unidades emplacadas e 9,3% de participação. Número levemente maior que o da Toyota que somou, respectivamente, 172.945 e 8,8%.
No pelotão de baixo, a Jeep – que teve o Renegade como SUV mais vendido do mercado – não ficou no top 5 (como ensaiou ao longo do ano). Terminou, por fim, em sexto lugar com 148.763 unidades (7,5%), seguida por Renault, Honda e Nissan. Em números, em síntese, o trio registrou, respectivamente, 127.592 (6,5%), 81.446 (4,1%) e 64.929 (3,3%).
Na base do pódio das dez marcas mais vendidas de 2021, no entanto, feito inédito. A Caoa Chery ocupou a posição com suas 39.747 unidades emplacadas ao longo do ano. O montante representa 2% de participação de mercado para a marca, que teve como carro-chefe o SUV Tiggo 5X. Foram, em síntese, 12.555 vendas entre janeiro e dezembro.
VW lidera em automóveis
De acordo com os números da Fenabrave, quando contabilizados apenas os automóveis mais vendidos do Brasil (tirando comerciais leves da jogada), a Volkswagen domina o topo do pódio. A marca alemã somou mais de 267 mil unidades. Enquanto isso, Fiat e GM ocuparam a segunda e terceira posições, respectivamente, com 226.543 unidades e 204.858 emplacamentos.
Entretanto, quando o papo pende exclusivamente para o segmento de comerciais leves, a Fiat não tem para ninguém. Com quase 50% de participação (mérito, principalmente, das excelentes vendas das picapes Strada e Toro), a marca italiana, a princípio, emplacou quase 205 mil unidades. Na sequência, Toyota (segundo lugar, com 45.911) e GM (terceira, com 37.250) fecham o top three.
Abaixo, você confere a lista com as dez marcas que mais venderam automóveis e comerciais leves no Brasil em 2021 e suas respectivas vendas e participação de mercado.
1º – Fiat: 431.035 (21,83%)
2º – Volkswagen: 302.270 (15,31%)
3º – General Motors: 242.108 (12,26%)
4º – Hyundai: 184.284 (9,33%)
5º – Toyota: 172.945 (8,76%)
6º – Jeep: 148.763 (7,53%)
7º – Renault: 127.592 (6,46%)
8º – Honda: 81.446 (4,13%)
9º – Nissan: 64.929 (3.29%)
10º – Caoa Chery: 39.747 (2,01%)