As peças do tabuleiro do setor automotivo ensaiam novos movimentos. A Renault está tentando retomar as tentativas de se fundir com a japonesa Nissan. Os planos da empresa, de acordo com o periódico Financial Times, não param por aí. A francesa se prepara ainda para fazer uma oferta para compra da FCA (Fiat Chrysler).
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Esses planos sugerem uma volta por cima em tempo recorde. Afinal, não faz muito tempo que a empresa viveu tempos difíceis. Carlos Ghosn, o antigo chefe da aliança mantida com a Nissan e a Mitsubishi, foi preso no Japão após acusações de má conduta financeira, que ele nega. Agora, tanto a marca francesa como as japonesas voltam a investir na aliança.
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Uma das medidas recentemente anunciadas pelas três empresas foi a formação de uma nova diretoria que fiscalizará as operações. Essa nova diretoria será formada pelos CEOs das três empresas e supervisionada pelo presidente ds Renault, Jean-Dominique Senard.
Objetivo da Renault é enfrentar Volkswagen e Toyota
Com esse gesto, os planos da Renault de transformar a aliança em fusão voltaram a ganhar impulso. A intenção da francesa é que a operação se concretize nos próximos 12 meses. O objetivo é ambicioso. Primeiro, formar uma empresa forte o suficiente para conseguir comprar outro ator forte do mercado – em princípio, a Fiat. Depois dessa aquisição, conseguir peitar outros gigantes mundiais, como a Volkswagen e a Toyota.
As primeiras conversas sobre uma fusão de Renault e Nissan começaram há muitos anos, ainda com Ghosn à frente. Mas o governo francês não concordou. Se o assunto não se resolver rápido, a Renault pode perder o bonde da Fiat. Isso porque a FCA também está procurando um novo parceiro no mercado, para uma associação ou mesmo fusão. E um dos candidatos é, vejam só, o principal rival da Renault: o grupo PSA (Peugeot e Citroën).