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Presidente da Renault diz que não tem interesse em nacionalização
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Presidente da Renault diz que não tem interesse em nacionalização

Medida, que não era descartada pelo governo francês, poderia vir com o agravamento da crise da covid-19

Redação

25 de mar, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Renault
Sede da Renault na França
Crédito:Renault/Divulgação

Em meio à crise deflagrada pela pandemia do novo coronavírus, a Renault esclareceu que não busca uma nova nacionalização. Em entrevista ao jornal francês Le Parisien, Jean-Dominique Senard, presidente da Renault, disse que o tema “não está na ordem do dia”.

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Senard ressaltou que na crise de 2008 a empresa “nunca chegou a esse ponto”. Entretanto esclareceu que a Renault “pode buscar garantias estatais, como outras empresas”.

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Se ocorresse a estatização, seria a repetição de uma história já contada, pois a montadora francesa já foi nacionalizada. O fato ocorreu em 1945 e durou mais de 50 anos, quando em 1996 a Renault teve o seu processo de privatização efetivado.

Renault e PSA podiam ser nacionalizadas

Como o Jornal do Carro noticiou, o governo da França não descartava estatizar as gigantes montadoras do país, a Renault e o grupo PSA, que controla Citröen e Peugeot. Por causa da disseminação do novo coronavírus, as produções estão paralisadas. Desta forma, a estatização era vista como uma solução caso a crise se agravasse.

Segundo a agência Reuters, o ministro da Economia da França, Bruno Le Maire, teria tido uma conversa com Jean-Dominique Senard. O tema do encontro, segundo o ministério, teria sido a “situação” da fabricante na atual crise.


Já de acordo com o jornal francês Libération, o temor do governo é que investidores possam se aproveitar da situação e tomar o controle de empresas que são símbolo da França. “Nós vemos isso todos os dias”, disse Le Maire. Segundo o jornal, o ministro teria anunciado que o Estado não hesitaria em recorrer a todos os meios disponíveis para ajudar as empresas francesas. Isso incluiria até a estatização. Outros “símbolos” da França seriam a fabricante de pneus Michelin e a empresa aérea Air France. O governo já tem 15% da companhia aérea, e poderia aumentar a participação.

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