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Renault Sandero e Logan perdem câmbio CVT
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Renault Sandero e Logan perdem câmbio CVT

Estratégia da Renault em vender automáticos populares mais uma vez naufraga e marca mantém dupla apenas com câmbio manual

Vagner Aquino

11 de fev, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Renault
Renault Sandero parte de R$ 58.190 na versão Life, com motor 1.0; configuração Zen com propulsor 1.6 sai por R$ 67.890
Crédito:Renault/Divulgação

Prestes a ganhar nova geração, Sandero e Logan já não são mais oferecidos com opção de câmbio CVT pela Renault no Brasil. Agora, a dupla tem apenas versões com transmissão manual. O motor, no entanto, permanece o mesmo 1.6 16V SCe com até 118 cv de potência e 16 mkgf de torque máximo. Há também a configuração com propulsor 1.0 12v SCe, de 82 cv.

A dupla, aliás, ofereceu o câmbio CVT por menos de dois anos no mecado. A linha chegou em 2019. Isso mostra que, ao contrário do mercado em geral, a Renault não consegue vender carro automático no Brasil. Isso, contudo, já foi evidenciado com o câmbio Easy R (automatizado), que foi um fracasso absoluto e tirado de cena em 2018.

Renault
Renault/Divulgação

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Agora, quem quiser um Renault com câmbio automático deve optar pelo pseudo-aventureiro Stepway. Há, ainda, os SUVs Captur e Duster, e a picape Oroch. Ou seja, para quem quer deixar o uso do pedal da embreagem de lado e comprar um carro da Renault deve pagar, no mínimo, R$ 87.090 - é o que custa o Stepway.

História

Vale lembrar que, na primeira geração, os Renault Sandero, Logan e Stepway contavam com câmbio automático de quatro marchas. A história durou de 2011 a 2014, quando houve mudança de geração. Talvez o insucesso da marca neste quesito tenha surgido aí, afinal, a caixa oferecida pela Renault sempre recebeu críticas pela falta de linearidade de condução (no português claro, dava trancos) e por tornar o carro beberrão.



Pelo visto, nem mesmo a estratégia usada pela Honda há anos - em oferecer o câmbio CVT - deu certo na Renault. Em síntese, os modelos com motor 1.0 foram, em 2020, responsáveis por 65% das vendas do Sandero, no total. O restante se dividiu entre os modelos 1.6 e a versão esportiva R.S. (2.0 16V de 150 cv e preço de R$ 81.990).


sandero
Dacia/Divulgação

Renault deve mudar estratégia

Além de obter baixas vendas, o naufrágio das versões automáticas tem mais uma explicação. Por estratégia, a Renault deve ter planos de tornar Sandero e Logan versões de entrada, abrindo espaço para a chegada da nova geração da dupla - a exemplo do que fez, por exemplo, a Nissan com Versa e V-Drive. Tanto é que os novatos, de acordo com informações, devem chegar com novas denominações: Clio (hatch) e Taliant (sedã).

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