Com a Europa cada vez mais restritiva em relação a poluição, a Renault, dentro do seu plano estratégico “Renaulution” – divulgado em meados de janeiro -, lançará sete modelos elétricos. Entretanto, para isso, alguns outros precisarão sair de linha. Um deles é o Twingo. A informação, aliás, foi confirmada pela marca, que deverá manter o compacto no mercado apenas até o conclusão de seu ciclo atual. Ou seja, deve sair de linha em três anos.
Para preencher essa lacuna, a Renault contará com o Renault 5 Prototype. O carrinho elétrico tem proposta semelhante, porém, projeto mais moderno – mescla estilo esportivo e charme retrô -, aliado à proposta de emissão zero. O modelo tem inspiração no R5, da década de 1970, mas ainda não teve especificações de motorização divulgadas.
À imprensa internacional, o presidente mundial da Renault, Luca de Meo, afirmou que a marca abandonará o segmento A de uma vez por todas. Para ele, todavia, os carros pequenos com motores a combustão interna estão próximos do fim – indo ao encontro do que quer o mercado europeu. Tais restrições dificultam a lucratividade dos compactos. No Velho Continente, a princípio, cobram-se impostos adicionais para veículos não elétricos.
O modelo que atenderá os órfãos do Twingo usará uma versão eletrificada da plataforma CFM-B (feita em parceria com a Nissan). O Renault 5, aliás, entrará em produção a partir de 2023, na Europa – um pouquinho antes do Twingo de terceira geração sair de cena – a aposta é 2024.
Sucesso interrompido pela Renault
O Twingo nunca emplacou muito bem no Brasil (foi vendido aqui na década de 1990, apenas na primeira geração). No mercado europeu, porém, teve boa recepção. Por lá, vendeu aproximadamente 43 mil unidades só no ano passado.
Por causa dessa popularidade, há quem aposte em um retorno do carrinho no futuro. A propulsão, no entanto, precisará ser 100% elétrica. Mas este e um assunto muito complexo, afinal, tudo depende de parcerias que resultem em corte de custos para desenvolvimento e manutenção no mercado.
E por falar em parceria, a saída do Twingo tira de campo o Smart ForTwo. Vale lembrar que a terceira geração do subcompacto foi desenvolvida em parceria com a Renault. Com isso, parte dos componentes é compartilhada. Inclusive a plataforma.