O Salão de Frankfurt (Alemanha), que termina no próximo domingo (22), tem sido alvo de protestos de ambientalistas. Os ativistas aproveitam a maior feira de carros do mundo para atacar a indústria automobilística.
No domingo (15), manifestantes bloquearam entradas do centro de exposições Messe, onde ocorre o Salão de Frankfurt. Foi o terceiro seguido de protestos de ambientalistas no evento.
Nos protestos, os ativistas atacam os carros, chamando-os de “destruidores do clima e do meio ambiente”.
Demandas
Vestindo roupas brancas e sentados ou parados em frente as entradas, os ambientalistas protestaram por medidas como a proibição do carro nas cidades.
Outras demandas são a construção de mais ciclovias e o transporte público coletivo gratuito. “Uma mudança real para um transporte ecológico não é compatível com os interesses econômicos do lobby da indústria automobilística”, ressaltaram os organizadores do protesto.
Para os ambientalistas, as mudanças nos carros para atender normas ambientais estão ocorrendo de maneira lenta. Nos dias de prévia do Salão de Frankfurt, aliás, executivos de montadoras ressaltaram em seus discursos que já estão com a capacidade de investimento para atender novas normas europeias de emissões praticamente saturada.
Presidentes e diretores de montadoras pressionam os governos para mais prazos na adaptação dos carros à nova realidade de emissões.
Algumas cidades europeias já planejam banir a circulação de carros com motor a combustão nas próximas décadas. Entre elas estão Paris e Londres.
Ato pacífico no Salão de Frankfurt
A organização das manifestações a definiu como ato pacífico contra a indústria automobilística. A polícia local confirmou o caráter pacífico da ação.
No entanto, segundo a publicação alemã Deutsche Welle, houve algumas discussões entre visitantes do evento e manifestantes.
A organização do Salão de Frankfurt recomendou, também conforme a publicação, que os visitantes evitem as entradas bloqueadas.
Nos três dias de protestos, cerca de 15 mil ativistas, de organizações como Greenpeace e Fridays for Future, compareceram aos atos.