Primeira engrenada no câmbio manual de seis marchas, o Sandero RS parte arisco na reta dos boxes do autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. O ponteiro do conta-giros sobe rapidamente e num piscar de olhos está entrando na faixa vermelha. A segunda e a terceira também “terminam” logo, e num instante o hatch está entrando na primeira curva da pista.
A versão RS é, de longe, a mais gostosa de dirigir da linha Sandero. Por R$ 69.690, é garantia de diversão em um circuito de corrida, local no qual o esportivo se sente à vontade para mostrar todos os seus dotes. O principal responsável pelo bom desempenho é o motor 2.0 flexível. São 150 cv de potência e 20,9 mkgf de torque. Mas suspensão, freios e câmbio cumprem muito bem suas funções.
A linha 2020 do esportivo traz a reestilização aplicada a toda a gama. O principal destaque são as lanternas horizontais de LED, no mesmo estilo das empregadas no Megane europeu. No RS, porém, elas são escurecidas. O modelo também é dotado de novas rodas diamantadas de 17″, defletor de ar no alto da tampa traseira, dupla saída de escape, adesivos nas portas traseiras e um friso dianteiro que, na descrição da Renault, é inspirado no bico dos carros de Fórmula 1. Por dentro, os bancos têm revestimento exclusivo, com as letras RS no encosto de cabeça.
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Ronco grave reforça esportividade do Sandero RS
Andando, além das boas respostas do acelerador, o Sandero RS revela ainda outras qualidades. Uma delas é o som grave que invade levemente a cabine e torna a condução mais agradável. Com relações curtas, o câmbio manual aproveita muito bem a força do motor. Os engates são precisos, e a alavanca alta, mais perto do volante, facilita as trocas.
Com preparação feita em parceria com a divisão esportiva RS, da Renault francesa, o Sandero aceita muito bem até alguns exageros na pista, como frenagens fortes nas entradas de curvas e contornos mais ousados. A suspensão firme garante pouca inclinação da carroceria e alta estabilidade.
Outra exclusividade da versão mais brava do Sandero é a tecla que permite alterar os modos de condução, entre o normal, sport e sport +. A primeira opção esportiva eleva em 950 rpm a rotação da marcha lenta, como forma de manter o carro mais “acordado”.
Além disso, as respostas ao acelerador ficam mais rápidas. A segunda desliga os controles de tração e estabilidade. Aí, a emoção aumenta, mas a responsabilidade fica por conta do motorista.
Controles de tração e estabilidade, a propósito, são itens de série, assim como assistente de partida em rampa, central multimídia com câmera de ré, rodas de liga leve, etc. o único opcional é a pintura metálica. O Sandero RS está disponível em três cores metalizadas (preto, prata e vermelho) e uma “lisa” (branco).
JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA RENAULT