O grupo Stellantis firmou parceria com a chinesa BYD para o fornecimento de baterias destinadas às versões de menor autonomia dos elétricos Citroën ë-C3 e Fiat Grande Panda. Essas novas variantes, projetadas para chegar a partir de meados de 2025, terão preços abaixo de 20 mil euros (aproximadamente R$ 120 mil). Assim, tornando-se alternativas mais baratas entre os elétricos das marcas.
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Hoje, os Citroën ë-C3 e Fiat Grande Panda elétricos utilizam baterias LFP de 44 kWh fornecidas pela Svolt, subsidiária da GWM, garantindo uma autonomia de 320 km no ciclo WLTP. Ambos os modelos contam com um motor elétrico de 113 cv e preços iniciais de 23.300 euros (R$ 139 mil) para o Citroën e 24.900 euros (R$ 148 mil) para o Fiat.
Stellantis usará baterias em modelos mais simples
Com a introdução das novas versões de entrada, conforme apuração do site francês L’Argus, a Stellantis adotará baterias da BYD com capacidade entre 30 e 35 kWh, o que proporcionará uma autonomia estimada entre 200 e 250 km no ciclo WLTP. Como referência, o Dolphin Mini, vendido no Brasil, utiliza uma bateria de 38,8 kWh. Essa redução na capacidade das baterias quer tornar os modelos mais acessíveis ao consumidor europeu.
O primeiro a receber a nova bateria da BYD será o Citroën ë-C3, com lançamento previsto para meados de 2025. Já o Fiat Grande Panda, contudo, deverá chegar ao mercado alguns meses depois, possivelmente no final do mesmo ano. A estratégia da Stellantis busca posicionar esses veículos como concorrentes diretos de futuros elétricos compactos de entrada, como o Renault Twingo E-Tech e o Volkswagen ID.1, previstos para 2026 e 2027, respectivamente.
Contudo, além da concorrência externa, esses modelos também enfrentarão competidores dentro do próprio grupo Stellantis. Como o Leapmotor T03, cujo preço inicial é de 19.500 euros (R$ 116,3 mil). Outro rival é o Dacia Spring (Kwid E-Tech no Brasil), por 16.900 euros (R$ 101 mil) na versão de 45 cv. Um dos elétricos mais baratos da Europa.
A decisão da Stellantis de adquirir baterias de uma concorrente chinesa pode parecer inusitada, mas não é inédita no setor automotivo. A BYD, por exemplo, já fornece baterias para a Tesla, uma de suas principais rivais globais. Além disso, mantém parcerias estratégicas com outras montadoras, como a Toyota.
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