Novas suspeitas levantadas por promotores de Tóquio contra o presidente afastado da Nissan, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, envolvem o uso de recursos da empresa para pagar um empresário saudita que o ajudou a superar dificuldades financeiras, segundo duas fontes da empresa com conhecimento do assunto.
Promotores pediram prisão de Ghosn pela terceira vez na sexta-feira, sob acusação de quebra de confiança por transferir para a montadora seus prejuízos com investimentos pessoais.
Segundo um comunicado dos promotores, em torno de outubro de 2008 Ghosn tentava lidar com perdas nominais de 1,85 bilhões de ienes (16,6 milhões de dólares), decorrentes de um contrato de swap com um banco não identificado pelos responsáveis pelo caso.
Uma pessoa ajudou a conseguir uma carta de crédito para Ghosn e a empresa dessa pessoa recebeu depois 14,7 milhões em recursos da Nissan por meio de quatro pagamentos entre 2009 e 2012, segundo o comunicado da promotoria. O texto acrescenta que os repasses foram feitos no interesse de Ghosn e dessa pessoa.
“Ao fazer isso, (Ghosn) comportou-se de uma forma que quebrou a confiança, e infligiu dano à propriedade da Nissan”, diz o comunicado. O texto diz ainda que Ghosn tentou fazer com a própria Nissan arcasse diretamente com seus prejuízos.
CARROS QUE ESTREARAM NO SALÃO DO AUTOMÓVEL 2018
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Caoa Chery Tiggo 5x
Novato chega às concessionárias em dezembro, com motor 1.5 turbo de 150 cv. O porta-malas leva 340 litros. (Foto: Thiago Lasco/Estadão)
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Ferrari 488 Pista
A versão mais esportiva da 488 GTB tem motor V8 de 720 cv, o mais potente já feito pela marca (Foto: José Patrício/Estadão)
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Suzuki S-Cross
Recentemente renovado, tem duas opções de motor gasolina: um 1.6 aspirado de 126 cv e um 1.4 turbo de 146 cv. Ambas possuem câmbio automático de seis marchas. (Foto: José Patrício/Estadão)
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VW GTS Concept
Símbolo de esportividade desde meados dos anos 1980, a sigla GTS prepara sua volta às concessionárias VW. Desta vez, o hatch Polo e o sedã Virtus serão os modelos contemplados com a nova versão. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Hyundai Sonata Hybrid
O sedã, que usa a mesma base do Kia Optima, apareceu na feira em versão híbrida. Não há planos de venda no Brasil. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Caoa Chery Tiggo 7
Com lançamento em janeiro de 2019, novo SUV tem cabine caprichada, com itens como ar-condicionado de dupla zona e bancos dianteiros com aquecimento. (Foto: Thiago Lasco/Estadão)
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Suzuki Jimny
A nova geração do jipinho chega no segundo semestre de 2019 em três versões, com motor 1.5 e câmbio automático de quatro marchas. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Porsche Macan
O modelo de maior sucesso da marca foi ganhou entradas de ar frontais e laterais mais largas, novo conjunto ótico e lanternas unidas por uma faixa central luminosa. O motor 2.0 turbo gera 252 cv. (Foto: José Patrício/Estadão)
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BMW Z4
A nova geração do Z4 virá ao Brasil na configuração de topo, com motor 3.0 de seis cilindros e 340 cv e câmbio automático de oito marchas. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Ford Territory
Feito para o mercado chinês, o SUV médio Territory veio ao País para testar sua receptividade com o público. Ele deve ser produzido aqui no segundo semestre de 2019. Com porte próximo ao de um Jeep Compass, o modelo ficará acima do EcoSport na gama de SUVs da Ford. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Mercedes Project One
O hiperesportivo da Mercedes usa um motor V6 1.6 turbo e quatro motores elétricos. O conjunto produz mais de 1.000 cv. Como gira a mais de 11 mil rpm, o motor V6 precisa ser reconstruído a cada 50 mil km. (José Patricio/Estadão)
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Subaru WRX STi
Recentemente reestilizado, o sedã nervosão da Subaru usa um motor 2.5 de 310 cv, com tração integral e câmbio manual de seis marchas. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Protótipos da Honda
Os conceitos Urban EV Concept (em primeiro plano) e NeuV servirão de inspiração para o modelo elétrico que a Honda lançará na Europa em 2019 e no Japão no ano seguinte. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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BMW Série 8
O novo esportivo de luxo da BMW será importado em meados de 2019. Virá na versão M850i, com motor V8 de 4,4 litros biturbo de 530 cv e 75,5 mkgf. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Audi Q8
Espécie de irmão maior e mais luxuoso do Q7, o Q8 chega ao Brasil no ano que vem, com motor 3.0 V6 de 340 cv. O conjunto é auxiliado por um sistema elétrico de 48 volts, que dá uma “ajudinha” ao V6. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Lamborghini Huracán Performante Spyder
Tudo neste conversível é de impressionar, a começar pelos números. Seu motor V10 de 5,2 litros rende 640 cv, acelera de 0 a 100 km/h em 3,1 segundos e chega a 325 km/h. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Lexus UX
A marca de luxo da Toyota trará este SUV compacto para brigar com Mercedes GLA e BMW X1, entre outros. Os preços ficarão entre R$ 170 mil e R$ 210 mil. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Caoa Chery Arrizo 5e
Lançado neste mês, o Arrizo 5 tem espaço interno enorme e preço de sedã compacto. A versão 5e, elétrica, é uma possibilidade real para o futuro - tudo vai depender do avanço da infraestrutura do País para esse tipo de veículo. (Foto: Thiago Lasco/Estadão)
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Mitsubishi Eclipse Cross
O Eclipse será montado na fábrica da marca em Catalão (GO) na mesma configuração importada do Japão, com motor 1.5 turbo. A produção começa no segundo semestre de 2019. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Caoa Chery eQ1
Este elétrico pra lá de compacto (leva apenas o motorista e um carona) veio só para provocar os brasileiros. A aposta para o nosso mercado é no eQ, versão eletrificada do conhecido QQ. (Foto: Thiago Lasco/Estadão)
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Porsche 911 GT3 RS
Esportivo de rua com DNA de pista, o 911 GT3 RS está desembarcando no Brasil por R$ 1.242.000. Ele precisa de apenas 3,2 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h. Foto: José Patrício/Estadão
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Honda Accord
Com visual atualizado, o sedã Accord estreia conjunto mecânico inédito: motor VTEC 2.0 turbo de 252 cv com injeção direta de combustível e câmbio automático de 10 marchas. Parte de R$ 199.990. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Hyundai Azera
A sexta geração do sedã de luxo Azera deve chegar no início do ano. Com motor 3.0 V6 de 261 cv, ele traz carregador de celular por indução (sem fio), faróis e lanternas de LED, controle de velocidade adaptativo e frenagem automática. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Chevrolet Bolt
Com motor elétrico de 200 cv, o Bolt EV será lançado no País em 2019, em duas versões. Os preços partem de R$ 175 mil. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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BMW Série 3
A nova geração do sedã Série 3 chegará ao Brasil em 2019. Primeiro virá da Alemanha, e passará a ser nacional no segundo semestre. A primeira versão a chegar deve ser a de topo, 330i, que está no Salão. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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VW I.D. Crozz
Meio crossover, meio cupê, meio difícil de definir, esse conceito é um embrião do carro 100% elétrico que a Volkswagen prepara até 2020. Arrojado, tem autonomia de 500 km. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Nissan Frontier Sentinel
A picape - que na linha 2019 passou a ser trazida da Argentina e não mais do México - apareceu no Salão em uma versão conceitual, feita para ajudar em resgates em condições difíceis. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Fiat Fastback
Única novidade no estande da Fiat, esse exercício de estilo dá algumas pistas de como será o futuro SUV derivado da picape Toro. Foto: José Patricio/Estadão
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Ferrari Portofino
A sucessora do modelo California T tem motor de 600 cv e preço no Brasil de R$ 2,4 milhões. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Rolls-Royce Cullinan
Estreia da Rolls-Royce no segmento dos SUVs, o Cullinan tem motor V12 biturbo de 6,75 litros e 567 cv. No Brasil, o modelo de alto luxo custará R$ 4,4 milhões. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Lamborghini Urus
SUV mais potente do segmento, o Urus tem um motor V8 biturbo de 4,0 litros, capaz de produzir 650 cv. O carro acelera de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, com velocidade máxima de 305 km/h. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Toyota Yaris Way
O hatch Yaris acaba de ganhar sua versão de apelo aventureiro, equipada com motor 1.5 de 110 cv. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Audi RS4
A quarta geração da perua, que tem motor 2.9 V6 biturbo de 450 cv e 60 mkgf, chegará às concessionárias Audi em março de 2019. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Chevrolet Camaro
O Camaro passou por algumas mudanças no visual, mas a maior mudança foi mecânica. O V8 de 6,2 litros se mantém inalterado, com 461 cv, mas agora a transmissão é automática de dez marchas, ante a de seis do modelo anterior. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Volkswagen T-Cross
Modelo chega em março de 2019, com os mesmos motores turbo que equipam Polo (1.0 TSI) e Golf (1.4 TSI). Visual atraente e bom recheio de equipamentos são suas principais armas. (Foto: José Patrício/Estadão)
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Hyundai Saga EV
O SUV elétrico tem motor de 204 cv que roda até 470 km com uma única carga de bateria. Desenvolvido pela Hyundai nos EUA apenas para o Salão de São Paulo, o conceito antecipa linhas que poderão ser vistas na próxima geração do HB20, que chega em 2019. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Renault Symbioz
No estande da Renault, só dá ele. Em testes há cerca de um ano, o protótipo elétrico Symbioz tem sistemas de condução autônoma nível 4 (na qual o carro já consegue rodar com autonomia sem depender da interferência do condutor, que só precisa assumir o volante em situações específicas). (Foto: José Patricio/Estadão)
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Kia Stonic
O SUV médio virá do México em 2019, para enfrentar HR-V, Creta e Kicks. Deverá ter o motor 1.6 flexível do Cerato, com preço na faixa de R$ 100 mil. (Foto: Werther Santana/Estadão)
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Volkswagen Tarok
Provável revelação mais importante do Salão deste ano, a picape Tarok está praticamente pronta. Com visual descolado, cabine dupla e tração integral, ela tem forte munição para neutralizar a Fiat Toro. (Foto: José Patricio/Estadão)
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AMG GT de quatro portas
Que tal um carro de corrida que pode levar sua família para fazer compras (em shoppings de luxo, é claro)? Essa é a proposta da nova versão de quatro portas do cupê esportivo AMG GT 63 S, da Mercedes-Benz. Por baixo da aparência algo mansa, há um nervoso 4.0 V8 biturbo que gera 639 cv e 91,8 mkgf. (José Patricio/Estadão)
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Renault Zoe
Depois de uma etapa inicial sendo vendido apenas a empresas, o elétrico francês Zoe agora está disponível para compra por pessoa física, por R$ 149.000. Ele tem autonomia de 300 km e consegue recarregar 80% d abateria em 1h40. (Foto: José Patricio/Estadão)
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Nissan Leaf
Protagonista da primeira onda de elétricos à venda no Brasil, o Leaf já pode ser encomendado, por R$ 178.400, com entregas a partir de junho de 2019. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)
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Jeep Wrangler
Principal novidade da Jeep, a nova geração do Wrangler chega às lojas no primeiro trimestre de 2019. Com novo motor 2.0 turbo a gasolina de 273 cv, ele virá em três versões: Sport (duas portas), Sahara (quatro portas) e Rubicon (quatro portas). (Foto: José Patricio/Estadão)
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Ford F-150 Raptor
Picape mais vendida do mundo, a F-150 veio ao Salão paulista em sua versão esportiva, Raptor. (Foto: Werther Santana/Estadão)
QUEM É O EMPRESÁRIO
De acordo com fontes da Nissan com conhecimento da investigação interna sobre seu ex-chefe, a pessoa que ajudou Ghosn é Khaled Al-Juffali, vice-presidente de um dos mais conglomerados sauditas, o E.A. Juffali and Brothers, e também membro do conselho da Autoridade Monetária da Arábia Saudita.
Ele é também o controlador da empresa Al-Dahana, que detém metade de uma joint venture local chamada Nissan Gulf. A outra metade é controlada por uma unidade da Nissan.
O xeique Khaled Juffali não quis comentar o assunto, de acordo com um comunicado enviado pela E.A. Juffali and Brothers.
O advogado de Ghosn em Tóquio, Motonari Otsuru, não estava disponível para comentar. A família de Ghosn não quis comentar.
Ghosn nega as acusações
Outras mídias disseram que Ghosn, por meio de seu advogado, negou ter transferido perdas pessoais para a Nissan e disse aos investigadores que os quatro pagamentos tiveram razões legítimas para a empresa, incluindo um bônus para solução de problemas com revendedores da Nissan na Arábia Saudita.
O promotores de Tóquio responsáveis pelo caso não quiseram comentar. Questionado sobre as alegadas declarações de Ghosn, um porta-voz da Nissan disse não poder comentar “assuntos ligados à prisão de Ghosn por quebra de confiança”.
As fontes da Nissan com conhecimento do assunto disseram que os investigadores da montadora concluíram que Ghosn não teve sucesso na tentativa de fazer com que a empresa pagasse seus prejuízos diretamente.
Ghosn então recebeu a ajuda de Al-Juffali, que usou seus próprios ativos como garantia para que um banco emitisse uma carta de crédito que era cobrada de Ghosn pelo Shinsei Bank, sediado em Tóquio, segundo as fontes. A Reuters não conseguiu identificar o banco que emitiu a letra de crédito.