Depois de perder mercado para marcas norte-americanas e europeias ao redor do mundo, as japonesas estão correndo atrás do tempo perdido. Com a Nissan, não é diferente. Para alavancar o interesse do consumidor, a fabricante apostou no recém-lançado Ariya – o primeiro SUV elétrico da marca. E o modelo vai ser oferecido, também, no Brasil.
De acordo com a estratégia da Nissan, que passará a vendê-lo no Japão na metade do ano que vem, a novidade chegará por aqui após o desembarque em outros mercados ao redor do mundo. Os EUA o recebem no fim de 2021 e a Europa e demais mercados, a partir do ano seguinte.
A Nissan não a revelou a data da vinda do modelo, tampouco estimativa de preços. Segundo a empresa, a estreia não ocorrerá nem em 2021 nem em 2022. A marca informou, ainda, que “o mercado (brasileiro) não é prioritário (no caso do Ariya e ao menos por ora)”. A explicação tem a ver com o baixo volume de vendas de veículos eletrificados.
No primeiro semestre de 2020, os elétricos e híbridos representaram menos de 1% dos emplacamentos. Outro fator determinante é a forte desvalorização do real. A perda de poder de compra da moeda brasileira em relação ao dólar impacta diretamente o custo das importações.
Características
Com belas linhas – que ganham os mesmos contornos do modelo conceito – o Ariya se destaca pelo painel dianteiro brilhante. Sim, painel! Nele, como em todo carro elétrico, não há grade. Faróis e rodas – de 19″ ou 20″ – também se mantiveram fieis ao conceito.
Com entre-eixos de 2,77 metros, o Ariya tem apenas duas telas (12,3 polegadas cada) no painel. Nada de botões poluindo o visual interior, é a ideia do novato. Tecnologias como Apple CarPlay, Android Auto e integração com assistente Alexa, da Amazon, estão presentes.
A carroceria tem pintura em dois tons, mas é por baixo dela que está o grande trunfo do Ariya: a propulsão. São duas opções. Feito sobre a plataforma da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi CMF-EV, o SUV em sua versão mais básica, com tração dianteira, tem motor de 215 cv. O torque máximo é de 30,5 mkgf. A responsável pela autonomia de 320 km é a bateria de 65 kWh.
Na versão topo há um motor em cada eixo e 395 cv de potência combinada – 61,2 mkgf de torque. A unidade de 90 kWh garante autonomia máxima de 480 km. Este conjunto também está disponível como opcional para o modelo mais básico. Nesta configuração, o modelo tem tração integral.
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