A Kia Motors anda meio apagada no Brasil, mas tem novidade chegando por aí. E em forma de SUV. A próxima aposta do Grupo Gandini, que controla a marca sul-coreana por aqui, é o Stonic, que virá para brigar no concorrido — e vasto — segmento dos SUVs compactos.
Questionada pelo Jornal do Carro, a Kia Motors do Brasil preferiu não dar detalhes sobre a novidade, entretanto, confirmou a chegada. Aposta-se que seja ainda neste ano, mas a montadora não confirma. O que se sabe, ao certo, é que o novato terá propulsão híbrida-leve e motor turbo.
Credenciais
Montado na mesma plataforma do hatch Rio, o SUV Stonic tem a intenção de ser o híbrido mais barato do País — embora ainda não haja previsão de preço. O modelo carrega debaixo do capô o mesmo motor 1.0 turbo GDI que a Hyundai coloca no HB20 e que estará no novo Creta. Entretanto, o modelo tem sistema híbrido leve — unidade elétrica com 48V.
Cabe lembrar que esse tipo de motorização usa a bateria como auxílio ao motor a combustão em trechos de descida, por exemplo. Neste momento, o 1.0 é desacoplado e o modo elétrico assume sozinho (em velocidade inferior a 125 km/h) a missão de mover o veículo. Isso poupa combustível. As recargas, todavia, são feitas apenas por recuperação de energia cinética e potencial da rodagem.
Em números, são 120 cv de potência e torque de 17,5 mkgf na versão com câmbio automático de dupla embreagem e sete marchas. O manual, que é vendido lá fora, certamente não será oferecido por aqui.
Equipamentos
O simpático carrinho que tem mais de 20 combinações de cores entre carroceria e teto aterrissaria por aqui já com os faróis (iluminados por LEDs) redesenhados e as rodas de liga leve 16″ que ganhou na reestilização de meados do ano passado.
Com capacidade de até 352 litros no porta-malas, o SUV compacto da Kia tem, no entanto, tela central de 8″ com Android Auto e Apple CarPlay. Ainda em tecnologia, tem freios de emergência com detecção de pedestres, aviso de saída de faixa e detector de ponto cego. Por fim, controle de cruzeiro adaptativo também está no pacote.
Kia tem histórico em promessas
Já não é a primeira vez que um modelo Kia fica anos e anos na promessa. Quem não se lembra do hatch Rio, que apareceu no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008 já com promessa de chegar ao mercado nacional. A demora foi tanta que entre a apresentação e a chegada, de fato (em 2020), o modelo já tinha até mudado de geração. A perda de interesse por parte do consumidor é natural, tanto que suas vendas são ínfimas.
Provavelmente, o utilitário siga a cartilha do irmão. Afinal, a promessa de vir ao Brasil se arrasta desde seu lançamento, em 2018, quando, inclusive, esteve no Salão do Automóvel de São Paulo. Será que a história vai se repetir?