Com a ideia de rivalizar com modelos como Fiat Pulse, Volkswagen Nivus e companhia, a Renault tem uma carta na manga. Trata-se de um novo SUV feito na plataforma CMF-B que, a princípio, está cotado para o mercado brasileiro. Sua produção acontecerá na fábrica da marca em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2023, com lançamento previsto para 2024. E, assim, o utilitário compacto, já em fase de testes, foi flagrado nas ruas da Romênia.
No vídeo (veja abaixo), de autoria do canal Pal Lucian, no YouTube, dá para ver parte das linhas do modelo, feito com base na terceira geração do Dacia Sandero Stepway. Com forte camuflagem, o novato deixa a mostra apenas alguns detalhes. O principal chamariz é o conjunto óptico. Ao contrário do modelo da Dacia, os faróis vêm em dois nichos. Bem ao estilo Caoa Chery Tiggo 3X, eles têm, acima, um filete de LEDs e, na altura da grade inferior, os faróis principais.
O capô parece mais alto que no modelo da Dacia (foto abaixo). Entretanto, cabe lembrar que veículos camuflados têm – além de estampas que embaralham as lentes das câmeras -, capas e espumas para disfarçar as linhas e vincos da carroceria.
Nas laterais, contudo, o modelo deve seguir a cartilha do primo e adotar o mesmo formato das janelas, para-lamas parrudos e rack de teto. O desenho das rodas, contudo, segue em fase de desenvolvimento, como dá para notar. Na parte de trás, por fim, as lanternas parecem invadir a tampa do porta-malas e têm novo layout para setas e luzes de ré.
Novo motor 1.0 turbo flex
Pelo andar da carruagem, a estratégia da Renault é bem parecida com o que a Caoa Chery fez no Brasil. Dacia Stepway e este SUV flagrado, interpretam, respectivamente, os papéis de Tiggo 2 e Tiggo 3X. Ou seja, são hatches que tentam se transformar em SUVs e, na busca por um upgrade, apostam em versões um pouco mais parrudas, com dianteira imponente e motorização mais potente.
Nesse sentido, tudo leva a crer que o futuro SUV da Renault adotará o novo motor 1.0 turbo prometido pela marca para o mercado brasileiro – também com produção no Paraná. Na Europa, o propulsor gera 100 cv e 16,3 mkgf de torque. Entretanto, no Brasil, a tecnologia flex deverá elevar a potência para cerca de 115 cv a 120 cv com o uso de etanol.
Cabe lembrar que, apesar da aposta no novo SUV baseado no Dacia Sandero Stepway, os irmãos Logan e Sandero estão fora de cogitação no mercado brasileiro. Afinal, diante do cenário turvo da pandemia e da crise dos chips, a montadora, no ano passado, seguiu as orientações do CEO, Luca de Meo, e apostará apenas em SUVs e modelos rentáveis por aqui. Um deles será o irmão maior do Duster, que se chamará Bigster (foto acima).