Você está lendo...
Tesla Cybertruck pode mesmo flutuar na água? Picape encara teste
Notícias

Tesla Cybertruck pode mesmo flutuar na água? Picape encara teste

Em 2022, Elon Musk prometeu a Tesla Cybertruck seria uma picape elétrica à prova d’água com capacidade para atravessar rios e lagos

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

25 de fev, 2024 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Tesla
Elon Musk prometeu que Cybertruck seria à prova d’água
Crédito:Reprodução/Youtube/TechRax

Desde sua revelação em 2019, a Tesla Cybertruck já passou por diversas polêmicas. A mais recente foi quando alguns proprietários notaram alguns sinais de ferrugem após apenas dois dias sob chuva, por exemplo. O que é curioso, já que o próprio Elon Musk declarou, em meados de 2022, que a picape elétrica seria à prova d’água e poderia ser usada até como um barco. Na época, o CEO afirmou que o modelo seria capaz de atravessar rios, lagos e até mares que não sejam muito agitados.

Até o momento, ninguém havia feito esse teste efetivo e publicado o resultado. No entanto, o canal TechRax, no Youtube, enfrentou esse desafio. No vídeo (abaixo), eles mostram uma espécie de alagamento na estrada que se tornou praticamente um rio. Não é muito fundo, mas em alguns pontos o volume da água chegava a ficar acima da frente do capô. O que, por si só, seria o suficiente para causar danos significativos ou até perda total em alguns modelos.



Qual a profundidade do Tesla Cybertruck na água? – Teste do modo Wade

Publicidade


Como foi o teste?

Durante o teste, o apresentar mostra que a picape da Tesla conseguiu ultrapassar sem grandes problemas. A Cybertruck, aliás, conta com o modo “Wade” para esses casos. Ele permite que o modelo consiga entrar na água. Para isso, aumenta a altura em relação ao solo e pressuriza a bateria, para evitar falhas. Seja como for, esse modo dura cerca de 30 minutos. Logo em seguida, é desativado de forma automática.

Um ponto que chamou bastante atenção foi que, assim que o modo foi acionado, aparece um aviso no painel. A mensagem dizia: “Danos ao veículo durante a condução fora de estrada não são cobertos pela garantia”. Assim, mesmo com as alegações de Musk, é necessário ter atenção em onde andar com a picape. Em um comunicado oficial, a montadora aconselhou a não ultrapassar 2 pés e 7 polegadas de profundidade de água. Ou seja, 82 centímetros. Além disso, comunicou que, se ultrapassar essa média, é prosseguir com “sua própria conta e risco”.

Tesla/Divulgação
Tesla/Divulgação

Picape da Tesla teve problemas

No vídeo, o apresentador também aponta para algumas falhas que aconteceram durante o teste. Um desses pontos é que algumas peças de plástico se deslocaram das posições originais. Como é o caso, por exemplo, de uma parte do para-choques traseiro. Além disso, alguns botões funcionais do controle da tampa traseira deixaram de funcionar após o teste. Seja como for, por ora, não é possível saber se foram problemas pontuais, ou se é algo comum de acontecer nessa situação. O jeito é esperar mais testes.

Jornal do Carro também está no Instagram!

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
GWM Ora 03 e BYD Dolphin: os chineses elétricos de R$ 150 mil

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.