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BMW 330e usa tecnologia híbrida para combinar economia e diversão
Avaliação

BMW 330e usa tecnologia híbrida para combinar economia e diversão

Híbrido BMW 330e, vendido por R$ 287.563, tem 252 cv na potência combinada e gera diversão, embora não seja para viagens longas

Diego Ortiz

28 de ago, 2020 · 8 minutos de leitura.

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bmw 330e
BMW 330e
Crédito:BMW

O BMW Série 3 sempre foi aclamado por ser, dentre as três marcas alemãs de luxo, o modelo que mais alia esportividade com conforto. Com a chegada da versão 330e M Sport, híbrida de carregar na tomada, outro item foi adicionado a esta fórmula vencedora: economia de combustível.

Com preço de R$ 287.563, usa o motor 2.0 turbo de outras versões do Série 3 vendidas por aqui. Isso é um quatro-cilindros de 184 cv a 5.000 rpm. Só que, aliado ao propulsor elétrico de 113 cv, juntos geram uma potência combinada de 252 cv e torque de 42,8 mkgf já a 1.350 rpm. O câmbio é automático de oito marchas.



O torque em baixo giro, característica do motor elétrico, dá ao Série 3 híbrido um poder de arrancada maior do que de modelos com verdadeira vocação esportiva; como o Honda Civic Si e o Volkswagen Golf GTI, por exemplo. Isso é perfeito para ultrapassagens na cidade, para se desvencilhar do trânsito, e na estrada, local onde o fôlego do sedã parece não acabar nunca.

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Fora isso há um sistema chamado pela BMW de Xtraboost, que gera picos de 292 cv por 10 segundos quando o acelerador é todo pressionado. Neste modo, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos, marca melhor que a da versão a gasolina do carro, que é quase 300 kg mais leve.

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BMW

Toda essa potência e torque também fazem o câmbio brilhar. Ele administra muito bem a vontade do motorista de acelerar ou de apenas passear economizando combustível e nunca parece estar perdido. Funciona quase como um vidente, tamanha a precisão em acatar as vontades de quem está ao volante.


Mesmo sendo uma novidade, por ser um híbrido, com tecnologia nova, o Série 3 continua sendo um legítimo sedã BMW com tração traseira. Ele não dá “traseiradas” ou sai de frente como modelos de competição. Há os mais variados controles de estabilidade e tração para deixar o carro na mão do motorista. Mas, se forçado, ele dá aquela escorregadinha gostosa e controlada que faz a alegria dos puristas.

Porém, o grande atrativo do sedã é mesmo sua capacidade de alegrar o bolso tanto quanto o pé. Com a bateria toda carregada, o 330e pode rodar até 59 quilômetros só no modo elétrico. Isso contempla a ida e volta do trabalho ou uma visita de fim de semana da maioria das pessoas. E ele ainda pode alcançar 140 km/h apenas no modo elétrico, que é mais do qualquer estrada do País permite legalmente.

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O modelo também tem um sistema, acionado por meio de um botão no painel, que ajuda a carregar a bateria. Ele usa o motor a gasolina como gerador. Mas, neste modo, o argumento da economia cai por terra. O consumo vira o de um V6 antigo, por volta dos 6 km/l, pois o motor precisa fazer as rodas girarem e carregar a bateria. No melhor, usando o modo elétrico, você não gasta nenhuma gota de gasolina.

Carregar na tomada, portanto, se torna a melhor opção. O 330e vem com um Wallbox de 21 kw. Com ele, o tempo de recarga divulgado pela marca é de 2h40, para completar 80% da bateria. Isso daria autonomia para o sedã rodar 47,2 quilômetros por recarga só no modo elétrico. E sem gastar absolutamente nada de gasolina.

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Com a bateria em 100%, o que se vê na prática é uma variação muito grande de consumo dependendo do humor do motorista. Mas, na média, a marca ficou em 28 km/l na cidade. Em trechos urbanos e rodoviários, onde o motor a gasolina é mais usado, passou para 20 km/l.

Este bom comportamento dinâmico, inclusive no modo elétrico, no entanto, cria um problema para outra vocação do Série 3, a de ser um sedã de família. Como as baterias foram colocadas debaixo do banco traseiro, isso diminuiu em 105 litros o tamanho total do porta-malas, que ficou com apenas 375 litros, capacidade ruim para um modelo médio.

BMW 330e: equipamentos

Ainda por dentro, o acabamento do BMW 330e M Sport é primoroso. Não há nada alucinantemente moderno ou muito inventivo, mas o conjunto do acabamento é equilibrado e elegante. Os materiais são de boa qualidade e há metal e couro por todo lado, conferindo muita sofisticação.


Os bancos seguram muito bem o corpo do motorista e há espaço de sobra na frente. Atrás, três pessoas vão bem, mas o do meio vai encostar as pernas nos outros por causa do túnel central. O sistema multimídia espelha celular e é bem fácil de mexer. O painel é bonito e prático e a telinha projetada no para-brisa, o head-up display, ajuda o motorista a não desviar o olhar.

As tecnologias de condução semiautônomas passam bastante segurança no uso. E há ainda air bags laterais dianteiros e do tipo cortina, assistentes de ponto cego, de faixa e de rampa, frenagem automática e faróis a laser que podem iluminar mais de 500 metros à frente.


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