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Veja 5 riscos que você corre ao rodar com os pneus murchos
Manutenção

Veja 5 riscos que você corre ao rodar com os pneus murchos

Rodar com pneus com calibragem abaixo do ideal aumenta o risco de acidentes, inclusive de capotamento, o consumo de combustível e o desgaste de vários componentes

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

09 de fev, 2023 · 7 minutos de leitura.

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pneus
Calibragem incorreta pode exigir mais da suspensão
Crédito:JF Diorio/Estadão

Embora nem sempre recebam atenção do motorista, os pneus são uma das peças mais importantes do carro. Afinal, eles são a única conexão do veículo com o piso. Portanto, se não estiverem bem calibrados, há riscos à segurança, bem como aumento do consumo de combustível. Da mesma forma, isso pode prejudicar outros componentes do carro, impactando diretamente no seu bolso. O Jornal do Carro listou ao menos cinco riscos causados por pneus murchos.

1. Aumento do gasto com combustível

Se os pneus estiverem com a calibragem abaixo da recomendada, o consumo de combustível aumenta bastante. De acordo com dados da Continental, com a pressão apenas 3,0 psi (ou libras) abaixo do indicado, o carro vai gastar 2% a mais. Portanto, nessas condições, um veículo que roda 30 mil km por ano, chega a desperdiçar um 55 litros de combustível.

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Continental/Divulgaçã

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2. Estabilidade comprometida

Outro ponto que pneus mal calibrados podem causar é a perda de estabilidade. As variações são mais perceptíveis em pista molhada. Afinal, a banda de rodagem é desenhada para facilitar o escoamento da a água quando estivem em contato com o piso de maneira uniforme. Assim, se o pneu estiver irregular, o escoamento da água fica prejudicado.

Com isso, pode ocorrer aquaplanagem, que é quando os pneus perdem o contato com o solo ao passar por uma lâmina de água, por exemplo. Além disso, as respostas da direção tendem a ficar pesadas. Ou seja, isso é resultado da mudança da área do pneu que fica em contato com piso. Assim, é preciso mais força para virar a roda.


Continental/Divulgação

3. Maior desgaste dos pneus

Se o pneu estiver murcho, haverá maior desgaste da banda de rodagem. Além disso, o desgaste passa a ocorrer de forma irregular. Então, a parte que fica em contato com o solo (footprint) pode variar. Como resultado, ocorre um desgaste excessivo em pontos espaçados.

Quando a pressão está baixa, os ombros, ou seja, a parte de fora da banda de rodagem e que apoia o pneu no chão, também fica mais em contato com o piso. Isso provoca maior desgaste. Dessa forma, também pode haver perda de eficiência nas frenagens.


Por outro lado, se a pressão dos pneus estiver acima da recomendado, há mudança da curvatura da banda. Portanto, a parte central do pneu passa a ter ainda maior desgaste. Como resultado, tanto as arrancadas quanto as frenagens vão ser prejudicadas.

IPVA trânsito
Nilton Fukuda/Estadão

4. Danos à suspensão

Além disso, pneus com calibragem errada prejudicam outros componentes do veículo. É o caso de peças da suspensão, por exemplo. Afinal, o atrito dos pneus no solo é alterado. Portanto, isso exigirá maior esforço de itens como buchas e bandejas. Além disso, o câmbio será mais exigido. No caso de caixas manuais, a durabilidade da embreagem ficará comprometida.




5. SUVs e picapes podem até capotar

Esses riscos são comuns a todos os veículos. Porém, nos maiores e mais pesados, como SUVs e picapes, podem ser mais graves. Isso porque os SUVs e as picapes, por exemplo, têm centro de gravidade mais alto. Portanto, em frenagens de emergência, bem como em mudanças bruscas de direção, a possibilidade de o veículo capotar é muito grande.

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Vagner Aquino/Jornal do Carro

Tome cuidado

Segundo especialistas, o ideal é verificar a pressão dos pneus, no máximo, a cada 15 dias. Além disso, os pneus devem estar frios. Outra dica é checar também o estepe. Para saber a pressão correta, basta consultar o manual do veículo. Além disso, a maioria tem plaquetas com essas informações no batente da porta dianteira ou na portinhola do bocal de combustível.


Por fim, é preciso ficar atento ao alinhamento da direção e ao balanceamento das rodas. Esse serviço deve ser feito a cada seis meses ou 10 mil quilômetros rodados. Bem como após impactos severos, como queda em buracos.

Aliás, ao perceber que a queda é inevitável, deixe de acelerar, mas não pise no pedal do freio. Se você fizer isso, a parte da frente do veículo vai mergulhar e a suspensão ficará no fim do curso. Com isso, quando as rodas saírem da cavidade, o sistema não vai conseguir filtrar os efeitos do choque, que vai ser transferido para o carro.

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