O escândalo conhecido como dieselgate, dentro do qual a Volkswagen foi flagrada fraudando o controle de emissões de poluentes de seus motores a diesel, gerou uma dor de cabeça considerável. Mas de vez em quando o assunto volta para assombrar a montadora. Agora o Ministério Público alemão está investigando uma nova irregularidade envolvendo a VW.
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Os promotores em Braunschweig querem saber por que um diretor da VW recebeu bônus de 866 mil euros (cerca R$ 4 milhões) entre 2016 e 2018. Durante esse período, a VW já estava comprometida com o escândalo. E, por isso, o pagamento de bônus deveria ter sido suspenso, sob pena de violação de dever fiduciário.
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A montadora se recusou a comentar os pagamentos. O assunto se torna ainda mais delicado porque não se trata de um executivo qualquer. O diretor em questão é um dos cinco que estão sofrendo processo penal por ajudar a abafar o escândalo de emissões.
Escândalo dieselgate já custou R$ 135 bilhões à Volkswagen
Um desses cinco diretores é o ex-presidente-executivo Martin Winterkorn. De acordo com o Ministério Público, ele e outros quatro gerentes descumpriram o dever de informar as autoridades sobre as fraudes de emissões executadas pela VW de novembro de 2006 a setembro de 2015. Cada um dos cinco investigados pode receber penas de até 10 anos de prisão.
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Advogados que orientaram a Volkswagen na época teriam aconselhado a empresa a não informar as autoridades sobre a existência do software que burlava os testes de emissões. Isso porque não estava claro se o software poderia ser considerado ilegal.
A Volkswagen também foi criticada por não ter avisado seus acionistas sobre o software antes que o escândalo viesse à tona. A fabricante alemã pensou que as multas que sofreria não passariam de 150 milhões de euros (R$ 700 milhões). Mas o dieselgate já custou 29 bilhões de euros (R$ 135 bilhões) aos cofres da empresa. E ainda há uma porção de ações judiciais contra ela em andamento.