A Volkswagen do Brasil estaria estudando paralisar a produção do Golf na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. Em entrevista ao site Automotive Business, o presidente da filial brasileira da empresa, David Powels, disse que quer, antes de tudo, gerar lucro.
Para isso ele estaria disposto até a interromper a fabricação do hatch médio.
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O executivo disse, segundo informações do site, que pretende fazer com que a empresa retome o segundo lugar em vendas no Brasil. Além disso, ele quer recolocar as finanças da companhia no azul.
Desde que Powels assumiu a direção, em 2015, a Volkswagen do Brasil vem operando no vermelho.
Para atingir os objetivos, Powels disse que a continuidade da fabricação no Paraná do Golf não está garantida para os próximos anos. A razão é a queda nas vendas do segmento.
Atualmente, os hatches médios respondem por menos de 2% do emplacamento geral no mercado brasileiro, segundo o executivo.
LINHA DE PRODUÇÃO
Parte da capacidade da fábrica do Paraná será destinada à fabricação de um novo utilitário-esportivo (SUV). O modelo inédito será feito sobre a plataforma MQB, a mesma do Golf.
Provavelmente, ele ficará bastante parecido com o T-Roc. Esse modelo conceitual foi revelado pela Volkswagen no Salão de Genebra (Suíça) no ano passado.
A planta do Paraná é compartilhada com a Audi. Lá, a montadora de carros de luxo produz o SUV Q3 e o sedã A3.
MERCADO
No primeiro semestre deste ano, o Golf foi segundo colocado de um segmento que, hoje, tem apenas três representantes relevantes. O VW teve apenas 2.461 unidades vendidas de janeiro a julho.
O primeiro colocado foi o Chevrolet Cruze Sport6. O mais novo hatch médio do País registrou 3.222 emplacamentos. O terceiro colocado, Ford Focus, teve 2.115 exemplares comercializados.
Para comparação, o líder dos sedãs médios, Toyota Corolla, registrou 29.188 emplacamentos no mesmo período. O SUV mais vendido, Honda HR-V, teve 23.218 vendas.
Em comunicado, a Volkswagen, no entanto, negou qualquer intenção ou planos de interromper a produção do Golf no Brasil.
VEJA TAMBÉM: 5 RAZÕES PARA COMPRAR O GOLF. E 5 PARA NÃO COMPRAR
5 razões para comprar: DIRIGIBILIDADE
Sempre refinada, a dirigibilidade do Golf é um motivo bom para se levar o hatch médio para casa. Respostas diretas, suspensão bem acertada para responder as imperfeições e devolver impressões do piso para o motorista. Quem gosta de guiar, tem aqui um motivo
5 razões para comprar: ACABAMENTO
Em todas as versões, o Golf tem um acabamento de qualidade com mescla de materiais que agradam a quem está no interior. Sem falhas na montagem das peças, manteve o nível quando passou a ser produzido no Brasil, em São José dos Pinhais (PR)
5 razões para comprar: ITENS DE SÉRIE
Desde a versão de entrada com motor 1.6 de 120 cv, o Golf vem bem completo contando com uma lista de itens que incluem sete air bags, controle de estabilidade e tração.
5 razões para comprar: MOTOR 1.4 TURBO
O motor 1.4 turbo de 140 cv é outro trunfo do Golf. Tem boa entrega de potência e torque, além de ser econômico. Ele já foi aposentado na Europa e substituído por um novo propulsor de 1,5 litro, também turbo, mas continua prestando bons serviços ao Golf
5 razões para comprar: SEGURANÇA
Com o mesmo projeto europeu, o Golf vendido no Brasil tem que seguir as rígidas regras de segurança do Velho Continente, isso faz dele um carro muito seguro. Por isso, no teste do LatinNCAP ele conseguiu cinco estrelas para os ocupantes da frente e para crianças no banco traseiro. Garantir a segurança da sua família é um bom motivo para comprar
5 razões para não comprar: SUSPENSÃO TRASEIRA
Quando foi nacionalizado, para garantir um custo mais acessível e competitivo ao Golf, ele perdeu um dos itens mais interessantes da parte estrutural que foi a suspensão traseira multilink. Embobrecido, usa o clássico eixo de torção na traseira, o que reduziu a capacidade do carro de lidar bem com as imperfeições, solavancos e buracos, ainda que tenha uma boa dirigibilidade
5 razões para não comprar: SEGURO
Se ele enche os olhos de quem quer comprá-lo, o mesmo acontece com os ladrões. Por isso, um dos motivos para não levar o Golf para casa é o alto custo das apólices de seguro do modelo, algo recorrente desde a quarta geração (última vendida no Brasil antes dessa), quando ele já sofria com um alto índice de roubos e furtos
5 razões para não comprar: ESPAÇO TRASEIRO
Se o espaço é bom para os ocupantes do banco da frente, o Golf fica a desejar no espaço para quem vai atrás. Com certo conforto vão apenas quatro adultos, e mesmo assim o espaço para as pernas é reduzido e os joelhos ficam muito próximos ao banco da frente
5 razões para não comprar: MOTOR 1.6 DE 120 CV
A versão de entrada pode ser bem equipada, ter o mesmo nível de segurança das outras, mas traz o esquálido motor 1.6 flexível de 120 cv. É o mesmo que equipa as versões Highline de Fox e Cross da picape Saveiro. Longe de ter um desempenho satisfatório nos irmãos menores, sofre um pouco mais com o Golf e fica no limite em reduções e ultrapassagens
5 razões para não comprar: REESTILIZAÇÃO
O Golf já mudou na Europa e o nosso ainda não, mas está prestes a, portanto, comprar um Golf agora é ficar defasado em relação a visual e provavelmente a novas tecnologias que foram incorporadas ao modelo junto da renovação visual, como o painel de instrumentos virtual.