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‘Cemitério dos Peugeot’ no RJ viraliza com peças de 206 e C3 antigos
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‘Cemitério dos Peugeot’ no RJ viraliza com peças de 206 e C3 antigos

Localizado em Seropédica, no Rio de Janeiro, desmanche chamado de Cemitério dos Peugeot se tornou fonte de peças de carros franceses

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

03 de out, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Peugeot Sucata
Cemitério dos Peugeot reúne sucatas de modelos franceses, com peças disputadas por clientes
Crédito:Matheus Garage/YouTube/Reprodução

Um ferro-velho em Seropédica, no Rio de Janeiro, às margens da rodovia Presidente Dutra, viralizou nas redes sociais. É o chamado “Cemitério dos Peugeot“. No local, é possível ver vários modelos da marca do leão, bem como da “irmã” Citroën, à espera para serem desmantelados. O negócio desmonta e revende peças de carros das marcas da PSA (agora Stellantis). E tem alta procura.

Aliás, no vídeo do canal Matheus Garage, no Youtube (confira abaixo), é possível ver o local, que se tornou uma fonte de peças para os modelos mais antigos de Citroën e Peugeot. No vídeo, Matheus, que é proprietário de um Peugeot 206, percorre 150 km até achar o local. A entrada não se parece com a de uma empresa de desmanche, mas sim com a de uma pequena oficina.



Youtuber Matheus levou seu 206 ao cemitério de modelos de Peugeot e Citroën no RJ

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Cemitério dos Peugeot abriga modelos de outras marcas francesas

No Cemitério dos Peugeot, modelos franceses de toda sorte são desmontados. Assim, pode-se encontrar de tudo: portas, acabamentos, módulos, motores, alternadores e o que for possível para estender a vida de um outro veículo da marca.

No entanto, curiosamente, a 90 km do local fica a fábrica da Peugeot Citroën, de onde saíram alguns dos carros ali dispostos. Atualmente, a unidade – sob comando da Stellantis – está prestes a receber a produção do seu primeiro híbrido flex nacional.

Modelos franceses desmontados ajudam a manter outros rodando (Matheus Garage/YouTube)

De volta aos “desmanches”, eles são, portanto, o último recurso para aqueles que precisam de peças de reposição. Por isso, atraem compradores ávidos por uma solução para os seus problemas. Afinal, as peças originais sem uso ou novas de estoque estão cada vez mais difíceis de se achar. Além disso, quando aparecem, por vezes ganham preços absurdos. O mesmo vale para modelos importados, cuja oferta de componentes sempre foi escassa no País.

Desmanches legais precisam seguir a Lei Federal 12.799

Peças menores ficam dispostas para o cliente conferir (Matheus Garage/Youtube)

No dialeto dos donos de carros antigos, pessoas que vendem peças a preços muito acima do tolerável são “antigoportunistas”. Além disso, vale salientar que nem todo desmanche funciona de maneira legal. A compra e venda de peças vindas de outros veículos necessitam de comprovação, bem como de recibo. Um desmanche legal deve obedecer à Lei Federal 12.977, que regulamenta, portanto, a atividade de desmonte de veículos terrestres.


A lei prevê coibir o furto e o roubo de veículos, prática ainda comum no País que abastece o mercado clandestino de autopeças. Entretanto, felizmente não é o caso do Cemitério dos Peugeot. Em entrevista à revista Quatro Rodas, o responsável pelo local, Rodrigo Oliveira, afirmou que não recebe veículos sem documento. Dessa forma, garante segurança ao vendedor e ao comprador, que pode adquirir peças de procedência garantida para seu carro francês.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.